31 março 2007

fim de noite uma volta de bicicleta

e uma pausa de uma hora entre os queridos amigos.. os de todo dia.
Um telefonema + carinhos e afago + aviões do forró + cotidianos + futuros planos.. e bobagens. Saí nova em folha andando protegida pela lua quase cheia.

Agora vamos à qualificação.

saudade na selva

e ás vezes me dá tanta saudade de um moço que fico querendo ouvir aquela música que ele colocou no rádio do carro daquela vez, como se assim eu pudesse trazer pra perto novamente aquele sorriso e o brilho dos olhos ao meu lado.
Fico querendo escrever coisas românticas e revendo as fotos já tão gastas de tanto que foram olhadas e olhadas.
Não sei ser muito romântica, acho que tenho medo de derrerter-me e perder-me pelo ralo para sempre.
Então fico aqui pensando nele, pensando e pensando. Chamando pelo vento.
Será que ele vê a mesma lua que eu vejo?
eu vejo e nele penso.
o coração tá apertadinho querendo urgente esparrar-se no colo dele.
acho que eu gosto dele.
acho que ele de mim.
Mim Jane, ele Tarzan.
Surdade absauda
São as águas de Março fechando o verão.

tempestade cerebral

e assim vou despejando esses pedaços de mim, ora coisa boa, ora coisa feia...
Hoje ouvi que tenho a síndrome do patinho feio..
Oras bolas.. acho que tenho mesmo.

Pato é um prato na culinária extremamente caro.. e delicioso.
Já comi nas minhas andanças.

Preciso aprender a passear pela vida, a moça das lentes azuis já dizia.

Confesso que neste segundo estou tendo uma tempestade de pensamentos e estou um tanto quanto confusa. Cansada.
Mas preciso voltar ao trabalho....pra dormir, para trabalhar, pra trabalhar, pra trabalhar e quem sabe dormir pra trabalhar.
Quero o paraíso.
E até o que chamo de paraíso me pareceu um pouco mais distante hoje. Greve dos controladores de vôo. Nem se quiser voar eu posso...
AÊÊÊÊÊÊÊÊ!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

tá ruim mas tá bom

porque sempre quando está ruim, pode piorar. Claro.
O caos se instalou no meu momento e está difícil dar o Olé no bicho.
Under pressure. Tô que tô uma panela de pressão, e o tempo, o meu, vai escapando pelos meus dedos e sai saltitante dando gargalhada, rindo maquiavélicamente da minha cara.

A moça que me vê através das lentes azuis cancelou nossos encontros, pediu licença médica.

Existem limites para a fundição do ser humano? os mais católicos e mais atentos que me perdõem o uso de palavras de baixo calão, mas tem hora, tem hora, que as pernas se cansam de tanto o andar, o corpo já não responde e as palavras que sempre estão ali quietinhas à espera de serem modificadas se empilham em estantes ou qualquer que seja a superfície plana.

As tais ites do istômiguinho cantam, a comida mal para por lá. E pra contar com a astúcia da natureza, obviamente visitas inesperadas de um tal de período feminino repleto de cólicas e todos os incomôdos pertinentes à época chegam de mala e cuia. O calor, este continua onipotente e onipresente. Faltam apenas os pernilongos para indicar realmente o atual local que poderia ser este endereço de vida atual, porque inferno que é inferno tem sempre esses bichinhos e dos mais sedentos e miseráveis, incansáveis.

Mas peraí.. é hora de dar remédio.

E qualé o remédio para a minha vida?

Será que vou passar no teste? Será que dou conta?
Tá punk funk como non me gusta.

Mas como diria uma amiga minha.. tá ruim mas bom, tá bom mas tá ruim..

E continuo com esta latente sensação de estar sempre atrasada para a minha vida. Atrasada, pósmatura.

30 março 2007

e nesses dias..

Outras lutas estavam apenas começando a tomar forma, haveria de estar de prontidão.
Tinha logo a sua frente tanta luta a ser encarada de peito aberto, cara lavada, sua luta.
A eterna luta. Metade da luta. Lutas nunca são inteiras, sempre são aos pedaços, mas nem sempre homeopáticas.
Importantes passos, importantes obstáculos a serem ultrapassados.
Ela tinha a seu favor longas e fortes pernas, e corria ofegante em direção das barreiras e contra o tempo que ticava sem piedade sempre no compasso voraz dos tempos que eram modernos, corridos, atemporais.

Precisava descansar, por isso logo após a batalha partiria ainda com as mãos sujas de sangre* para terras distantes, desconhecidas em busca de outros tantos queridos.

Ela ainda esperava impacientemente, que fosse logo, reclinar a cabeça em colo amado. Seu peito estava moído de saudades do moço que mandava pensamentos e carinho dentro de garrafas jogadas no Oceano Atlântico. . Mas o moço.. o moço, a saudade descompassava o bater de seu coração.

* homenagem a minha bisa espanholita que assim se referia à palavra tão já escancarada.

o retorno da guerreira após a primeira grande batalha, deste ano

Após anos, meses, dias e nove horas de esperas infames.
Tanta dor, sangue e um grande corte fechado por muitos pontos.
Tanta gente, cansaço, medo. Solitude. Medo. Dor. Medo.
Saiu finalmente do campo de batalhas, veio pra casa onde continua a sua luta mas agora em ambiente conhecido, aconchegante, familiar.
Voltou pra casa, ao deixar o local tão doído lágrimas encheram os meus olhos.
Ao chegar em casa as lágrimas preencheram os dela.

Ainda fica essa vontade latente, uma emoção contida, tamanha.. quase do tamanho de mim, de chorar por tristeza, alegria, cansaço, descanso.
Mas aquiete-se agora, durma aqui do meu lado, descanse, pois estamos em casa. Nossa casa.
E é muito bom ter você de volta. Muito bom.
...E os meus olhos se enchem de lágrimas, minhas lágrimas.

28 março 2007

Trago-te minúcias de quintalim e cocorico de galo (...)

os restantes de velhas cidades desmanchadas

o cheiro da flor em tempos de noivado


Ruy Proença

26 março 2007

pausa

uma trégua, foi para casa.
apenas uma tentativa de se ter uma noite bem dormida
o silêncio atordoa e então ligou a tv pra lhe fazer companhia.

tão cheia que se sentia vazia.
talvez fosse só o cansaço, divagações, alucinações ou delírios.
Talvez não tivesse sentido e por isso mesmo tizesse todo o sentido.

21 março 2007

meu obrigada

A alegria chegou embrulhada dentro de um envelope da cor parda, com o meu endereço escrito com uma letra de mão toda redonda, uma letra de moça, quiçá uma escritora.
Dentro deste envelope havia um outro envelope cuidadosamente dobrado que continha um pacotinho transparente com 10 unidades de alegria multicores brilhantes caprichosamente arrematados com um laço verde.
Uma alegria toda junta, bonita de se ver.
O sorriso escapoliu sorrateiro pelos olhos e lábios, pela alma.
Permanece sorrindo até agora, quando ainda restam nove pedacinhos, pois um já cumpriu sua função, beijou a alma e abraçou o coração.
Um brinde aos encontros de alma e a amizade nova, e que seja sempre fresca, coisa boa, cor brilhante. Assim e mais ainda.

20 março 2007

da minha colheita

Já nem ouso ou me atrevo a pensar em caminhar por terras áridas, me arrepia a alma. Logo agora que na minha plantação começa a ter sinais de brotos verdes túrgidos.
A chuva tem regado e creio que a colheita será farta. Sempre há a expectativa de como será a colheita ou mesmo se haverão frutos, mas uma coisa é certa, o solo é fértil e a semente é boa.

19 março 2007

sonhos de tata

Zirila zirila....
sonhei que vc ia se CASAR!!! A gente tava num barracão, uma galera, eu vc, Dani, umas meninas que nunca vi...a gente tava te arrumando pq vc ia CASAR...eu fiz sua unha, Dani arrumou seu cabelo, uma que eu nunca vi na vida passou creme, fez massagem..parecia um dia da noiva, sabe ...

mas só ficou nos preparativos....não consegui ver vc de noiva...ai ai ai...
mas vc tava muito feliz!
e a gente tbém!

achei divertido isso

"prefessora"

Tem dias que chego em casa, assim, com aquele gostinho de missão cumprida, aulas bem dadas.
Percebo pelo olhar do outro, olhos fixados em mim, um sorriso no canto da boca e uma vontade de ficar. Somente me resta o gostinho de que fiz minha parte e não deixei a desejar. Nestes dias gosto de ser professora. Nestes dias fico feliz.
O bom desta coisa é que dou aula todos os dias, quase todos, exceto domingos, sextas e feriados.
Acho que estou levando vantagem nesse negócio aí.

Wo sind Narilu?

Du fehlst mir.

la viaje



E no mapa de uma futura viagem, as cidades marcadas até parecem próximas, cabem dentro de uma folha de papel, dentro de um livro, um guia, uma página.

do cansaço à farra

Tenho estado cansada, mas um casaço daquele tipo, sabe quando começa a ver um filme e depois de dois minutos aquela moleza toma conta? Não lutei contra o sono, me entreguei ao sono gostoso de um domingo a tarde de chuvinha largado em um sofá macio, o meu sofá.
Um misto de cansaço, velhice, idade, falta de ferro no sangue, frente fria e garoa.

Fui interrompida por um telefonema, que me despertou desse soninho. Foi requisitada a minha presença, por alguns momentos desejei ser uma pessoa esquecida pelo tempo, pelo mundo.

Levantei a carcaça e como que simplesmente respondendo a um chamado fui.

Fui saudade alegremente por tantos amigos. Joguei o tal do boliche, apenas o suficiente para sentir e descobrir um músculo existente no meu ante-braço que insistiu em dizer que esta lá nestas últimas 24 horas. Divertido, joguei pouco, quase ganhei a rodada. Sorte de principiante. Briguei com um tal de taco, numa outra estranha sinuca. Perdi. Cantei "O amor e poder" de Rosana, aquela música da infância, da minha, e mandei bem no karaokê. HO HO HO. Os espectadores neste momento tiveram direito até a coreografia.

Todos cantaram, cantaram, riram, cantaram, dançaram, comeram, beberam, cantaram, conversaram, namoraram, aram aram aram...

Foram momentos felizes, momentos onde nada mais importava. O que nos restava era apenas a grande farra da dança, dos strikes, das bolas brancas encaçapadas, do canto, do riso, da amizade.

Por algumas horas tudo foi esquecido, até o cansaço.

18 março 2007

domingueira

e vamos logo ali trabalhar, afinal hoje é um chuvoso, nublado, encantado domingo.

15 março 2007

antes de dormir

fico me achando com essa falta de criatividade soberba, sem graça e sem sal.

mas daí depois de boas conversas, com a moça linda que se aventura em terras que um dia haverei de conhecer, o sorriso se estampa no rosto novamente, e fica uma boa sensação, fica uma coisa boa que não sei explicar.

é possível ponto finalizar?

..porque às vezes as coisas não se resolvem do dia para a noite. Apesar de eu ter essa tendência sagaz em querer explodir, resolver, esmigalhar, passar a limpo, botar os pingos nos is, saber o veredito, saber a verdade, que seja nua e crua. Fechar as histórias, dar fim. Nem tudo funciona no ritmo que queremos, isso todo mundo e até os mais céticos estão se coçando de saber.

.. deixar o tempo, e a água da enxurrada tomar seu rumo, deixar o tempo fechar as machucados, que por mais que tentemos cutucar, uma hora fecha, o dia passa.
A chuva vem, vai, seca o chão e daí começa tudo de novo.
Basta ao dia o seu próprio mal, como desde pequena aprendi daquele livro de capa preta.
E na maioria das vezes as coisas por si só se resolvem, sozinhas, sem interferência. Cada dia resolve-se pelas horas. As horas passam e não temos o controle disso, nem de nada.
Acho que no fim a graça de tudo está exatamento nisto, está no que lutamos contra.

a lista e outros tantos que me esqueci

é que ultimamente ando meio assim. um pouco descentrada, tanta coisa na cabeça, um outro tanto esquecida. Esqueço-me dos ítens na lista de tarefas, encaro outros cabeludos, não dou conta de tudo. Assim os dias vão passando, sempre permeados de saudade e agonia.

Fiquei até sem palavras para serem ditas, cabeça vazia de tão cheia. Marcou-se a data, o grande dia, da tal esperada Qualificação e já se começa a agonia novamente. Uma agonia cheia de paixão e tesão que ainda não foi esquecida, pela tese. Mas fica aí, preciso engatar novamente, mergulhar nos livros e nela. Escrever.. escrever.

Os amigos me pedem coisas das quais me esqueço no minuto seguinte. A memória anda meio deixando a desejar, talvez sejam a falta de vitaminas que me esqueço de tomar. Tanta coisa, tanta tarefa a ser cumprida e os dias passam assim ligeiros. Já estamos no dia 15 de março, ou será dia 16 já? Perco-me nas contas do calendário e das horas.

Minha caixa de emails me assusta, me dá medo, e ainda me lembra de um tudo que preciso dar conta. Nem contabilizo outros tantos ítens na lista.. a lista de tarefas..
A lista que insisto em utilizar de ser uma pessoa menos pior nesse mundo.

e daí para embolar tudo tá um calor que não passa, tem a saudade que é infinita e tem a falta de ferro, que acho que tá atrasando a vida.

14 março 2007

dèja vu

ho ho ho ho..
brega.. consegui no post abaixo ter este ton, mas que me importa, se a chuva já cai aqui fora.

Os bregas um dia vão dominar o mundo, será que estarei aqui pra ver isso? Será que serei parte da grande dominação?
Nem estou apaixonada, apesar de às vezes achar que gostaria de estar.
O que é essa vontade de paixão pelas veias?
Ouvi falar que a sociedade científica explica isso, afinal quase tudo tem explicação.
Até o porquê do céu ser azul, até a luz das estrelas.
Quando se está apaixonada o céu fica mais azul, e os dias ficam sempre tão coloridos.
Eu gosto de cores.

Os pássaros cantam mais alegres, as nuvem negras não importam muito, pois o sorriso fica estampado no rosto, caia chuva ou faça sol.

E então pode-se ter um amor não correspondido, aí fica tudo em sofrimento, solidão.
Tem a dor, a frustração, a rejeição. ai que dor, ai que dor, não ver nem o sol, nem ver a lua, nem ver os olhos do amor.

Ah.. muito melhor assim, querer estar sem estar.. ainda.

Logo, logo atravesso o Oceano, aí tudo pode acontecer.
e olha tudo aí traveiz..

vontade de desaguar

O temporal se forma. O circo todo já esta armado. Cadê a chuva que não vem?
Diga-me que tudo vai ficar bem, diga-me que finalmente você pintou os olhos na tela, os meus.
O que faz o oceano, senão atrapalhar o nosso ir e vir? Que calendário é este que corrói os dias futuros e derretem os dias passados em líquido que escorrem pelo vão dos dedos das minhas mãos?
Vamos nadar até o meio, que este nosso encontro seja no meio do caminho.
Que caminho é esse? Preciso percorrê-lo sob a chuva.
Estou cansada desta caminhada.
A mesma chuva que atormenta é a mesma que refresca o corpo nesta caminhada sob o sol.
E estou cansada, mas louca pra correr novamente e me desaguar em você, por você.
Sim, digo logo, sem rodeios. Afinal o que é o homem senão formado de paixões e de chuvas?
Neste ponto da estrada tenho medo da chuva, que lava, que maltrata e refresca o corpo.
Não sei. Estou cheia de incertezas, e cansaços, e paixões. Deixa eu deitar minha cabeça no teu peito, abrace meu corpo e me afaga a alma.
Queria ter a certeza de que posso vagar o mundo sem medo de chuva ou de paixão, pois estas a mim já cabem, e são tal qual o oceano que me liga a você.

11 março 2007

sobre sonhos



Não gosto de sonhar. Quando é um sonho ruim, tem-se palpitações, sua frio, acorda-se atormentado, foi um pesadelo. Quando o sonho é bom demais, foi apenas um sonho.


fala adaptado do filme Amores Possíveis

08 março 2007

As 8 metas do milênio

Líderes de todo o mundo no ano de 2000 concordaram em uma visão para o futuro. Uma caminhada conjunta onde está se fazendo o esforço para ...


1. Acabar com a fome e a miséria

2. Educação básica e de qualidade para todos

3. Igualdade entre sexos e valorização da mulher

4. Reduzir a mortalidade infantil

5. Melhorar a saúde das gestantes

6. Combater a aids, a malária e outras doenças

7. Qualidade de vida e respeito ao meio ambiente

8. Todo mundo trabalhando pelo desenvolvimento

Estas metas foram aprovadas por 191 países da ONU, em Nova Iorque, na maior reunião de dirigentes mundiais de todos os tempos. Estiverem presentes 124 Chefes de Estado e de Governo. Todos estes países, inclusive o Brasil, se comprometeram a cumprir os 8 objetivos até 2015.

Neste dia instituído como da mulher, onde muitas pessoas se saudaram, receberam flores, fiquei pensando em algo que pudesse realmente traduzir o significado deste dia, ao menos pra mim, minha concepção talvez ainda tão sonhadora. Não consegui não deixar de pensar nessas metas.

Ser mulher nos dias de hoje requer pensar nestas metas, requer pensar no meu papel neste mundo aqui. É exatamente por isso que luto, eu, uma zirila, entre tantas que passam pelas ruas todos os dias. Essas metas correspondem aos passos iniciais e ao mesmo tempo tão complexos. Passos de bebê, mas com tamanha responsabilidade frente ao mundo em que vivemos e que deixaremos tão logo.

Fiquei entre tantos outros pensamentos o dia todo matutando em escrever algo que pensasse ser significativo, algo tão difícil em um mundo onde a palavra lutar diluiu-se e foi incorporado ao cotidiano das pessoas pela simples força-tarefa da sobrevivência.

Fico aqui a pensar no meu papel, no nosso..

Tenho uma ponta de orgulho por ter já a intenção de luta, de rascunhar no papel projetos de um mundo melhor, de um desenvolvimento sustentável (palavra tão em voga, mas ainda tão mal interpretado por tantos em seu conceito mais fundamental). Rascunhar um desenvolvimento que ao pé da letra, tenha como fundamentos, o social, o econômico, cultural e ambiental. Continuo fazendo parte deste grande formigueiro mas certamente sempre e ainda muito inquieta pelo tanto de trabalho e orgulho de fazer parte desta massa.

Muito mais informações sobre as metas vc encontra aqui.
Leia, saiba, reflita, divulgue, junte-se às formiguinhas.
Seja uma.
O que se chama de bela paisagem não me causa senão cansaço. Gosto é das paisagens de terra esturricada e seca, com árvores contorcidas e montanhas feitas de rocha e com uma luz de alvar e suspensa. Ali, sim, é que a beleza recôndita está.

C. Lispector

e neste exercício de exorcisar, extirpar

Esta noite, fugindo dos meus desejos e previsões, tive pesadelos tristes fincados nas lembranças que não deveriam mais ser lembradas.
O que pega neste momento é esse estado incoerente, irriquieto, desconcentrado e azul que fico.
Arremantando tem esse calor brilhante e ensolarado que me envolve e penetra por todos os poros.

Overkill - Colin Hay

I can't get to sleep
I think about the implications
Of diving in too deep
And possibly the complications

Especially at night
I worry over situations
I know will be alright
Perahaps its just my imagination

Day after day it reappears
Night after night my heartbeat, shows the fear
Ghosts appear and fade away

Alone between the sheets
Only brings exasperation
It's time to walk the streets
Smell the desperation

At least there's pretty lights
And though there's little variation
It nullifies the night
From overkill


a máquina e eu

No dia da Mulher, me deparo com um computador em crise.
Não consigo me entender com ele que teimosamente se mostra em rebelião, beirando a má vontade. .
Em algum passado não muito distante eu entendi melhor da psicologia dos computadores e até me dava muito bem com ele.
Será que ele é mulher? Será que ele tá com alguma tensão não identificada?
Quero explodi-lo em pedacinhos..
Onde estão os universitários? Preciso de ajuda, um resgate.

iguaria em meio ao turbilhão

e é tanta coisa acontecendo é Bush chegando no pedaço, é dia da mulher, são as contas a pagar, são as revoluções pessoais diárias, é a violência que sempre ataca novamente, são fantasmas que rondam de vez em quando, são as histórias macabras da vida, são esses dias calorentos de 37 graus, são os passantes na rua, são amigos que chegam e os amigos que vão, são as aulas pra serem dadas, ... é a tanta saudade e a tanta alegria, misturada com uma pá de tristeza e uma outra de desgoto e nojo. Argh..

ho ho ho

lembre-se sempre, nunca subestime o poder das pessoas de lhe surpreender, tanto para o mal, quanto para o bem.
Não espere muito não, fique sempre com o pé atrás. Quando tiver esta receita, por favor, me dê um curso de como aplicar na vida e se possível em 10 lições. Você vai ficar rico.

Mas existem notícias boas, sempre.
Zeca Baleiro lançou um cd com poemas musicados de Hild Hilst, isso deve ser uma dêla, daquelas delícias de se empapuçar e lambuzar toda, sem medo de ser feliz.

Estava escrito nas estrelas?

Meu lado cigana sempre me disse com antecedência sobre coisas que nunca quis escutar.
Mesmo que na maioria das vezes eu lute ou relute pra acreditar ou aceitar, possuo esta sabedoria de saber as coisas. Um simples saber, uma certeza.

Simplesmente sei. Até as que vão de encontro à alguns desejos do couro, da pele. Estes são superficiais, deixam cicatrizes, ficam marcados, mas não abalam o cerne, o que importa lá dentro.
Fica uma eterna briga entre os desejos de criança, impulsiva, imatura, com o que simplesmente é, com o que verdadeiramente esta marcado no pequeno chip de programação, com o que está, com os caminhos do futuro. Com essa força cósmica?!? Não sei, a falta de certezas muitas vezes toma todo canto.

O que rege a vida é dito por alguns como estas linhas nas palmas das mãos, outros dizem estarem marcados nas pintas do rosto, outros nos mapas formados pelas estrelas de acordo com o dia e horário do nascimento, outros em cartas que são subordinadas a energia das mãos e para muitos a soberana vontade de Deus.

Eu ainda não tenho minha bola de cristal, tenho apenas essa certeza e incredulidade que brota aqui dentro. Tudo isso misturado a um bom tanto de incerteza, credulidade, turbilhão e vontade de viver, medo de errar, medo de acertar(?!).

Não sei, não tenho respostas. Às vezes fico com medo e tento ignorar o que sei.
Fico sempre atenta aos sonhos, sempre... Sonho muito e já vi muita realidade. Já vivi muito sonho e irrealidades.

A única certeza que tenho é que gostaria de ter muito bons sonhos esta noite.. e que estes sonhos se repitam para mim e para todos os queridos. Quem sabe com um pouquinho de sorte, ou um pouquinho de mágica, ou ainda um pouco de estrelas, eles se tornem realidade.. e isto não no fim, mas no começo e no meio, porque o fim é só o fim, e no começo tem-se ainda a história inteira.

Viva os começos, viva as histórias que ainda perduram e se renovam.

06 março 2007

meus vícios, meus acertos

é eu tenho essa mania, uma não, várias..
tenho uns outros tiques, vi um vídeo meu e percebi que tenho uns vícios de linguagem, vícios de postura.
sou enrolona, demoro pra chegar nos lugares, para sair da toca, sou atrasada (tô tentando melhorar isto), me perco e me distraio facilmente.
demoro pra pegar no tranco, outras vezes me atropelo.
Sou ambígua, percebo os detalhes, mas não enxergo o sapato bem na minha frente.
às vezes eu não entendo as piadas, e muito freqüentemente dou risada da mesma piada várias vezes. Faço piadas de mim mesma, dou risada só, ou junto.
Sou auto-divertida.
Faço brincadeiras idiotas, às vezes muito inteligentes. Sagaz.. Coisa esporádica..

Sou meio lerda, ou em outras sou muito rápida.
Será?!?!?!

Sempre caio na brincadeira do molho caído na blusa.
Acredito nas pessoas, confio, e me entrego, entrego o meu mundo, minhas pérolas. Compartilho a beleza que vejo através dos meus olhos, compartilho. Entrego sem receios.

Não sei se isso é bom. Sou mais uma que esta tentando aprender com os erros e com os acertos.

Será que tudo é mesmo uma grande loteria? Será que está escrito nas estrelas?
Será que as varas que nascem tortas não desertortam jamais?
Sinceramente.. Não busco respostas imediatas.

Não consigo deixar de sonhar, mesmo que por alguns segundos tenho vontade de explodir, de me implodir. Tudo sempre passa, os dias, as horas.
Sempre existem as novas descobertas científicas e da vida, da minha.
Os sonhos sempre brotam e é tão bom ser sonhadora.

Busco apenas a vida, que seja imediata, futura e com muitas cores. Se for em preto e branco, também tá valendo. Adoro os tons grafites.

Muito boas notícias para a turma do funil de plantão

É desvendada a influência do íon cálcio no mecanismo de regeneração das células do fígado.
Isso é notícia boa, muito boa, bora bebemorar?!
rsssss

Mr Eko, existe? diga-me...só se for agora!


Assumo que estou lerdamente e irritantemente atrasada com os episódios de Lost, ainda, eu sei. E eu já até soube por vias escusas que Mr Eko nem mais está nesta tão viciante série, de qualquer forma este meu atraso logo logo será sanado, meu aluninho me salvará deste grande impasse, afinal até a TV aberta já esta mais adiantada do que eu. Uma lástima e vergonha pra qualquer fã de carteirinha. Calamidade pública.

Mas já descobri com quem gostaria de fazer trilhas.. ho ho ho
Companhia ideal.. aliás.. trilhas pra quê, se é noite ou faz verão, se estamos no verão, se o sol virá ou não, ou pra que é que serve um post como esse...
:)
Aff.. estou aqui.. precisando de primeiros socorros.
huahuahuahuahauhauhauhahauah
porque.. fala sério hein.. aff. Uia, óia isso lá na floresta...
Para iluminar o dia de todas as leitores e leitores afinal o que é bonito é pra se mostrar.
E olhar não paga nada!

Arrumadinho


INGREDIENTES:

  • Coentro , cebolinha tomate e cebola
  • Farinha de madioca queimadinha na manteiga e misturada com o feijao de corda, a charque e as verduras
Pegue os ingredientes e arrume tudin.

Bão que só, visse. Receita de Larilinha, qualidade e sabor garantidos.
Um oferecimento de Zirila, que também é gourmet.

em um lugar distante, Luanda, Angola

Picture by F. Spicher

05 março 2007

momentos de escape

O que passa, é que às vezes, bate um desânimo.. e daí tu senta e espera passar.
Eu acho que é esse calor, misturado com um sono acumulado de outra vida, espero que dasmuitas baladas de uma outra vida, ou dos grandes bailes naqueles palácios dos outros séculos.. tá tá.. vou remir o tempo, esse besteirol é inspirado no filme que vi ontem.

Filme bonitinho, com cenário mais bonitinho ainda, paisagens rurais verdes, vestidos deslumbrantes, atores lindos.. tudo lindo. Aquela coisa assim à la Ms Jane Austen, com história de amor, desencontros mas final feliz. Relações sociais um tanto quanto interessantes do ponto de vista histórico, claro que com pitadas da imensidão vazia de uma sociedade rasa, digo valores rasos.. mas.. tudo bem. Não se deve ter muitas crítica no momento. Aliás, estou muito aquém de ser qualquer crítica dos telões ou da história do mundo.

De qualquer forma, esta é uma das minhas receitas para um momento de descontração. Esqueça tudo o que aprendeu sobre filmes e aproveite a telinha. Faça um balde enorme de pipoca, esparrame-se no sofá e abstraia-se do mundo real e cruel. Fique na torcida pelos protagonistas e espere pelo beijo final.

Sim, às vezes NECESSITO pagar para ver alguma felicidade e final feliz, mesmo que seja apenas por duas horas e estejam contidas em um disquinho de DVD.

A falta concordância gritou aqui.. mas tá muito calor pra revisar qualquer coisa, falta de paciência, peço perdão aos olhos de vocês, ao menos hoje.

o começo de minha segunda-feira brava, que ficou calma, serena, tranqüila e calorenta

O moço lá, com toda a autoridade no assunto, voz calma e olhar distante, em dois minutos resolveu minha vida, conseguiu o melhor dentro das possibilidades.

A partir de hoje sigo, salva e quase ilesa, repensando em como fazer diferente, melhor.
Será que gato escaldado tem mesmo medo de água fria?
Vou tirar essa lição de letra, isso vou, e vocês logo logo saberão a resposta da hipótese por mim testada.

Agora volto à labuta nossa de cada dia que nos é dada hoje.

porque Chico é foda e ninguém disto discorda

Nestes últimos dias percebo que as rimas me perseguem...

"Não chore ainda não, que eu tenho uma razão
Pra você não chorar
Amiga, me perdoa, se eu insisto à toa
Mas a vida é boa para quem cantar..."
C. Buarque

E tá falado. Mas se tiver que chorar, chore, pois às vezes é necessário desagüar em algum mar, se não transborda. Eu tive de desagüar, .... mas daí passou. Que venha o próximo transbordar, estou preparada, tenho Chico comigo e ainda muitos mares pra navegar.
a lua de tão gorda e luminosa quase caia do céu direto no meu colo.
a mesma lua que escureceu na minha noite, me ilumina e me fez sorrir.

04 março 2007

Dona Diva "futibolestica"

-Livia, o que você acha de ver aquele filme, na hora do futebol?
-Legal..
Começa o futebol, me direciono a sala de estar, onde Dona Diva já esta devidamente instalada e pego o DVD..
-Livia espera só um pouquinho, deixa eu ver só esse comecinho, eu não sabia que era um clássico Corinthians X Palmeiras, os eternos rivais...

E então..boto meu rabinho entre as pernas e volto pra cá, este recindo do qual vos falo, escrevo.
Aff... Veja veja só... Como são as influências futebolesticas na minha vida.

a receita de um bom caldo

Finalmente, após cutucar a "onça" com vara curta, vê-se que a onça, não é tão onça assim.
Encara-se a beleza e a luminosidade. Faz-se luz onde antes eram apenas as trevas e o limbo.

Constata-se que todas as onças são parecidas e que no fim, não é tão diferente de mim, nada diferente, muito similar e complementar. Aliás, instala-se ali uma empatia tamanha que quer brindar a alegria de se transformar algo que era apenas marginal, um ponto distante de observação, em um caldo muito dos cheirosos e apetitosos. Eu que adoro caldos.

Mais cores de tinta para continuar a pintar este quadro, que estou tentando terminar, ou mesmo começar.
Um brinde a preguicinha de domingo a tarde, um brinde a paz que invade este domingo. Um brinde às coisas boas que ficam, e que perdurem.

03 março 2007

foi o eclipse que passou em minha vida

entendi o que foi essa escuridão que me assolou, foi o eclipse da lua, que encobriu e apagou o brilho do sol.

a agonia que me assola neste momento

e daí uma nuvem negra surge.. escurece tudo. Fico com medo.
Sou só agonia.

Estou perdida. O coração salta no peito agoniado, e assim fica nessa aeróbica contida dentro de mim.

Respiro fundo e tento cegamente, desajeitadamente encontrar novamente o caminho, um qualquer que seja.

Fica apenas a espera pela segunda de manhã, tentando desfazer o mal, e organizar um mal que seja menos pior.

to live the life

I miss you. Live would be so easier with your smile.

E então eu leio e .. ai ai.. me derreto melada como um sorvete de chocolate sob este sol de verão.
que bonito que bonito, que saudade, que saudade.

Este calor... cadê o amor?

a canção proibida

Esta música me lembra muita coisa, marcou uma época..
Neste momento, neste dia, já não sai da minha cabeça, misturando este passado no presente, um passado tão presente em todos os dias. Logo esta, que é uma canção proibida no meu repertório.

"É tão estranho, os bons morrem jovens
Assim parece ser quando me lembro de você
Que acabou indo embora, cedo demais
...
Só que você foi embora cedo demais
Eu continuo aqui, meu trabalho e meus amigos
E me lembro de você em dias assim
dia de chuva, dia de sol
E o que sinto eu não sei dizer
..
Só que este ano o verão acabou
Cedo demais." R. Russo, Love in the afternoon

o silêncio

Hoje tive uma triste notícia.
Um moço, um tão jovem moço, amigo de amigos, meu conhecido.
Tive apenas um encontro, trocamos algumas palavras e troca de afirmações.
Estive em sua casa, houve grande empatia.
O menino, quase moço, um tanto homem foi embora, meio que de sopetão, sem causas muito conhecidas.
Foi embora daqui deixando marcas de muitas lágrimas, profunda indignação e questionamentos quanto a fragilidade da vida, que hoje nos é tão viva, tão forte e colorida diante dos olhos.
Ao mundo meu pesar, aos amigos meu abraço e meu silêncio
Ao Craudio minha homenagem e respeito. Até alguma esquina por aí.
e mais um dia foi. É..
As aulas voltaram, o trânsito "maluco" na faculdade, a dificuldade de estacionar, o vai e vem de gente zanzando, tentando encontrar as salas de aula, a fila quase impossível do banco, pois todos os novos alunos decidiram abrir contas no dia de hoje, o calor derretendo.

Aliás que a ala masculina não escute, em tom de segredo para as meninas... Quanto moço bonito, de todos os sabores e cores. Na verdade, quanta gente bonita, muita gente bonita.
Fiquei hoje no banco mais de hora só observando os passantes. Aliás adoro observar os passantes. Meu prazer pessoal, observar.

Mas o fim de tarde, ah o fim da tarde de uma sexta-feira quase santa... a calmaria, as ruas vazias, e o calor que ainda mostrava que o verão ainda não acabou.
O fim de semana começa, e amo muito estes um dia e meio que chegam pela frente (sim.. porque trabalho parte do fim de semana, é uma pena, mas no fim vale a pena) em que tento criar novas cores e dar a elas nomes, sonhar novos sonhos, e quebrar meus recordes pessoais do aproveitamento máximo do sono e do sorriso frente as tantas simplicidades da vida.

Voilá!

02 março 2007

Neste dia de lida ou uma manhã ensolarada

E hoje fui professora, o coração acelerou na hora da minha apresentação pessoal, fiquei tímida e desconcertada. Uma primeira vez, em companhia de dinossauros e expectadores tão atentos, tão curiosos e ávidos pelo conhecimento.
No fim de tudo, apesar de todo, simplesmente assim, eu dou certo e vejo que esse negócio de reprodução social, acontece, mesmo que miraculasamente ou misteriosamente. Mesmo que seja na minha vida, a minha. a vida.

Então como era já marcado, sentei-me na sala da moça que vê o meu mundo através de lentes azuis e rosa. E depois do meu despejar das muitas vitórias e uma derrota da semana. Ela sorriu para mim e fez algumas importantes considerações.. e no fim sai de lá hoje, não acabada como é usual, mas com uma ponta de esperança, tentando como uma aluna aplicada cumprir as tarefas que eu mesmo coloco pra mim, e até semana que vem.

No fim de tudo.. não tive derrota.. é tudo relativo apenas ao grande lance de bancar, bancar a sua vida. a vida.

espionagem televisiva

As estatísticas mostram que a Rede Globo está interessada na minha eufonia.
Muito interessada, todos os dias, quase que o dia inteiro interessada.

e enquanto isso, eu continuo o meu andar pelo mundo, neste verão que assola e escurece, sem pedir licença, a pele da gente.
e foi lindo.. 4 horas munida de muita pipoca, boa cia..e muita gargalhada.

amanhã sou professora na uni,
tô virando gente grande.

01 março 2007

o leão vai rugir hoje

Cancelaram minha aula com os alunos alto-astral de hoje a noite.
Na terça passada eles me levaram pra ter aula na lanchonete, e me convidaram a comer e beber cerveja, e claro estudar. Eles já tinham me dito que essa semana o trabalho ia ficar preto, mas não tem problema não...

Diante deste cancelamento foi decretada uma medida emergencial.

Zirila orgulhamente apresenta.. festival zirilal de cinema...
onde após séculos de somente trabalho e cerveja.. em plena quinta-feira, porque sair nas quintas é o que há de bão neste mundo, vou ao cine na melhor das categorias.. e com uma seleção dupla de filmes já a muito desejados e escolhidos a dedo..
Sem falar da companhia.
vou nessa.. se não me atraso.
Quero me empanturrar de pipoca.. porque amo.

uma nova qualidade de flor

Dani diz:
-pqp, pense que a porra da lesma que eu vi do lado de fora de casa, lá perto da escada, esta aqui dentro de minha casa. O que será o são francisco que ta aqui dentro que atrai?
Li diz:
-vc mesma ué.. vc é uma frô!

Dani em sua eterna briga com toda a cadeia de insetos: percevejos, besouros, marias-fedidas, moscas, formigas, baratas e agora lesmas, que nem inseto é.. mas vai virar.

quem sou eu?

aquela que saiu dali tão bem, tão linda, tão tipo tarefa feita.
e vai ser assim que vou continuar

a foto nunca tirada

a foto que nunca tirei, talvez por ter medo de ter esta foto como registro, testemunha viva.
Mesmo com os recursos mágicos das teclas delete e esvaziar lixeira.
Nunca me atrevi, nunca cliquei.
Engraçado, intrigante.. ao mesmo tempo muito esquisito.
Nunca ousei, tive medo, sempre muito medo.
Embora tivesse passado uma ou duas vezes a idéia pela mente ébria, durante o sono, mas o corpo pesado pelo pesar do mesmo, não conseguiu mover-se para apanhar a máquina.
Tudo se passara e acabara como um sonho.. ou pesadelo, do qual sempre soubera, por mais que sonhara em sonhar e sonhar, que iria acordar no fim, até o fim de fevereiro, que foi mais para o seu próprio dezembro, dezembro de um ano velho, que iria se esforçar para deixar pra tráz.
Logo eu que tanto amo tirar fotografias e colocá-las nos portas-retratos da minha vida.

é o fim do caminho

e que as águas de março fechem o verão
que tragam promessas de vida ao meu coração

outras formas de violência

e de repente, descubro tantas outras formas de violência.
Existem violências que são auto-permitidas.
Existe a que você permite que façam com você.
A pior de todas são as que são feitas a si mesmo, como um auto-flagelo, como um ato de redenção, não sei de quê.. de que pecados seriam..??
.. a eterna busca da sarna... a sarna para se coçar.
Como diria minha avó, uma avó que nunca tive presente.. mas me permito pensar no que diriam os ditos populares, os que se eternizam como o inconsciente coletivo... - Quem procura, acha.
e sempre é achado coisa ruim, coisa boa.. todas as coisas, que estão misturadas no grande caldeirão da vida.

Sexta-feira, cigana zirila prevê, momentos intensos e entusiasmados nas conversas com a moça que vê o meu mundo e o meu tormento sempre através de lentes azuis.