31 dezembro 2007

no último dia do ano


As festas de comemoração deste fim de ano chegaram rápido.
Festividades e todos os novos planos para se romper o ano da melhor forma possível trazendo para este novo ano as tão esperadas e desejadas "felicidades, paz, alegria, saúde, amor, igualdade e esperança mediante as tantas lutas".

Superstições, jeitinhos, celebrações.

Uma caixinha de desejos que todo ano tiramos do armário, abrimos e dividimos com a família, amigos, vizinhança na esperança de multiplicar, fomentar, fazer crescer e difundir. Sonhos de se fazer melhor.

Eu, rendida, vou correr no supermercado comprar os últimos ingredientes para fazer da festa de hoje a porta de entrada pra tudo o que há de melhor para mim, para você, para todos nós!

Que tenhamos uma celebração feliz!
E um ano cheio de novidades com gostinho fresco de menta, porque no outro lado do mundo já é 2008!
Viva!

13 dezembro 2007

pelas estradas Reais, aqui vou, não mais só
cheiro de mato, de história, café e queijo minas com doce de leite,
e não, sô?!

03 dezembro 2007

andando feliz da vida


Aqui tudo anda meio esquecido.. é que.. bem..
eu ando por aí, em muito boa companhia.. meio ocupada, sabe..
mas assim que se estabelecermos uma nova rotina..
voltamos com toda a força, agora no plural.

Enquanto isso...

19 novembro 2007

tears dry on their own - amy winehouse

Talvez uma descoberta por minha parte tardia, mas foi minha descoberta desta semana.
Uma voz docemente apimentada..
Amy Winehouse



I wish I could say no regrets,
And no emotional debts,
Cause as we kiss goodbye the sun sets.

17 novembro 2007

boa pedida

bom de ouvir, melodias de Júlio Caliman.

de um amanhecer

um beijo selado, velado
olhar distante e votos de uma boa viagem
assim amanheceu o dia
de malas em punho dirigiu-se até o carro
que ali estava congelado
do mesmo jeito da imagem que ficou
que restou

16 novembro 2007

deja vù

...
a vivacidade do dia amanhecido
nublado, simples, novo em folha

os chinelos continuam no mesmo lugar
apenas um cheiro diferente na pele
e talvez uma certeza incerta apoiada no desejo
de que as estórias sem desleixo tivessem, e como não
um desenrolar fresco e novo, sabor kolynos, menta refrescante.

15 novembro 2007

questões de gênero

 
Posted by Picasa

antecedência

Nestes últimos e presentes dias tenho estado dividida entre o futuro que está para ser aprovado em forma de projeto temático, as aulas em/de fim de semestre, a faxina pela casa, Miró e Nina, compêndios letrados, atividades ticadas da minha lista abolida pela moça dos olhos azuis e o cansaço do corpo.
Entretanto algumas muita novidades. Néinha, presente de Marlene diretamente para o clã de Lela e Lica, uma dissertação em plena produção, e um tal de Narilu a caminho, tão logo, tão esperado.

12 novembro 2007

Vi discos voadores no fim de semana,
acordei com ressaca
e
hoje já se passou metade da segunda
e tudo gira muito rápido
o mundo toca, o telefone grita
e eu aqui perdida no meu redemoinho.
Deixa eu ir lá.. pisar na terra de novo.

10 novembro 2007

O alco e a Gasolina

" Quem viaja acompanhado
Incurta mais o caminho
Tudo que no mundo existe
Se achando sozinho é triste."

Patativa de Assaré, em Ispinho e Fulô

07 novembro 2007

Azeviche - lançamento do CD

e aproveitando a deixa..
afinal de contas.. coisa boa tem que ser mostrada..
e se quiser ter uma prévia é só clicar.


BRUNO MANGUEIRA, violão
MARCOS SOUZA, contrabaixo acústico
MAGRÃO, percussão

Data: quinta, 8/11/2007
Horário: 21:30
Local: Estação Santa Fé - Av. Albino J. B. de Oliveira, 1265, Barão Geraldo, Campinas - SP
Informações e reservas: (19) 3289-4800

"Caminho pra Casa"

Música feito por meu amigo e criador dessa cigana tão Zirila.
Tocou minha alma. Fez do meu dia tão atribulado, um final feliz.



Tema composto por Gustavo Roriz

Filmagem: Maria João
Voz: Maria João
Vozes; Contrabaixo; Violão: Gustavo Roriz
Loop de Bateria: Chris Wells
Edição de imagens e som: Gustavo Roriz... Mas, com uma ajudinha da Marijó

06 novembro 2007

na beira do mar

falta tão pouco
pro (meu) coração
(re)encontrar
o que está do outro lado do oceano.

carpinejar

"...Conservo os gritos presos
em vidros no assoalho,
com o motivo, a receita
e a data de fabricação.
Uma hora posso abri-los.
Não tenho coragem de fazer sozinho."

A. Salvagni

de pés sujos

01 novembro 2007

cheiro de mato

filha, amiga, professora, tradutora, aluna, mestranda, pesquisadora, atriz, artista, ciclista, paciente, funcionária, caronista, aprendiz, urbana, rural, floresteira, anfitriã, hóspede, fotógrafa, dona de casa.
Esta semana foi uma mistureba, confusão de funções, confusão de fragmentos de mim mesma.
Mas este fim de semana finalmente volto às minhas origens, uma delas, volto à floresta, já estou até empunhada de meu facão. E vamos à ela!

31 outubro 2007

a menina fazia o que tinha de ser feito, os dias se passavam,
desta forma entrava nos prumos desalinhados de sua vida.

29 outubro 2007

do meu hipertireoidismo

E já algum tempo, parece que minha tireóide, essa mesmo, aquela a quem todo mundo põe a culpa do sobrepeso, esta mesmo maluca.. anda meio apressada demais, vai ver é resultado da síndrome dos tempos modernos.

Tireóide, excesso de funcionamento da tireóide. Conjunto de sinais e sintomas decorrentes do excesso de hormônios da tireóide.

então a minha fome excessiva tem uma explicação, e eu que sempre achei pura gula de menina gordinha;
aumento do ritmo intestinal , hum.. hum... sempre foi um relógio;
nervosismo, insônia, labilidade emocional , achei que fosse a dissertação, misturada com as dores e calores do mundo;
tremores , abstinência ho ho, não pergunte do quê...;
intolerância ao calor ,aquecimento global ? ? ?;
palpitações, ansiedade?!?!
emagrecimento, humm... cirurgia de estrômbio?;
olhar vivo e brilhante.. esse meu olhar...
pele quente e úmida, dispensa comentários...
unhas quebradiças, cabelo seco, quebradiço(achei que fosse a falta de salão) e encaracolado,esse aí seu moço, sempre foi assim, tem jeito não.

28 outubro 2007

das coisas do mundo

porque as coisas feias do mundo vivem sempre lado a lado das belas.
Cenas do cotidiano, detalhes, o todo.
Isto tudo junto me faz continuar a caminhada, ávida sempre por mais.
Que sejam belas,
mesmo que somente na tela de cinema da minha retina,
dentro de mim.

24 outubro 2007

do outro lado da rua

Você gasta mais da metade da sua vida sentada numa cadeira,
vai subindo lentamente os degraus da academia.
Prestes a terminar mais uma etapa, em meio a sua revisão bibliográfica, gasta todo o seu dia, enfurnada, fazendo leituras, queimando o que resta de seus neurônios tentando organizar e comprovar sua hipótese.

A campanhia toca... interrompendo este momento tão sublime, quase um êxtase intelectual ...e você educadamente, até com uma certa dose de bom humor vai atender o portão quando é saudado pela sua vizinha que lhe olha com uma expressão até angeligal e lhe pergunta:

- Tá folgada hoje fia?!?
- Ahmm.. bem eu.. hummf.

E o pouco do bom humor vai pela sarjeta lavado pela chuva.
Fico incrível.
Vai ver eu precisava mesmo era arrumar um trabalho direito, daqueles que bate o cartão as 08:00 e às 17:55.

viagens no tempo

porque estou recém chegada de uma viagem no tempo
e depois a memória do meu futuro bate um pouco os pés querendo atenção
e o meu presente é todo dela

22 outubro 2007

a música que vai e que volta por linhas tortas

abre os teus armários
eu estou a te esperar..

essa música sempre vêm e volta na minha vida,
em intervalos pacíficos e distintos.
mas fala de um canto não mais solitário,
de uma espera que gira em linhas, tortas sim,
mas que sempre se encontram no final.
não sei se é o piano, se é o canto, se é a espera.
eu apenas sei que o meu armário tem espaço pra uma nova mala.
e estou esperando o canto, os braços castos, o sorriso.
e assim.. esperando canto esta canção, por ele que me encanta.

por marcelo camelo, na voz de Maria Rita e Cia.
Casa pré-fabricada

o barulho que silencia

porque o silêncio às vezes deve ser preenchido
estou muito cansada pra dizer alguma coisa neste momento.
então tem o barulho do teclar, o barulho da tv, dos cachorros que ladram sem motivo na rua, e o vento que passeia pela minha janela.
nem tudo tem que ter serventia, sempre.
mas alguma hora na vida

wake me up before you go, go



para alegrar um pouco o dia, direto do fundo do baú da nossa infância...

18 outubro 2007

I promiss you the sweetest dreams

17 outubro 2007

a colméia



Vejam bem,

meus amigos desesperados, colegas suicídas, desesperançosos, perdidos, ovelhas negras, brancas, rosas e verdes, escutem, leiam bem esta Zirila que com sua vil filosofia, à terra traz luz. (ho ho ho, escute uma risada daquelas de filme de mistério, ou será de horror)..

que por esses caminhos tortuosos, seguimos sempre avante, mesmo que rastejantes, até sair do buraco. E no caminho se descobre que pode haver mais de uma saída, todas bem iluminadas em cor neon, e com uma placa indicativa "saída", é só seguir.

Seguir sempre avante.

16 outubro 2007

porque no meio de tudo isso, não sei botar um título pra inaugurar o início deste post

já que não sei o começo das coisas, sobretudo quando tenho em mãos tantas partes

começo por elas!... as partes, escolhidas uma a uma, aleatóriamente de acordo com a urgência diagnosticada pelo meu próprio julgamento, duvidoso

mas isso pode então ser um começo

e
depois, então posso mudar tudo de novo e se precisar, posso recomeçar.
começar.
ou terminar! será?
acho que não, não sou boa em começos, muito menos em finais.

***
(este pedaço de post está não muito redondo para o gosto, mas preciso ir apressadamente às outras partes, segmentárias da minha vida e afinal de contas de redondo já basta o mundo, que nem é tão assim)

15 outubro 2007

minha viagem pelo tempo: futuro, presente, passado.. tempo.

Hoje, nesta manhã de horário de verão fiz algumas viagens por alguns fusos, pelo tempo.
Fui até Hyderabad, na Índia, viajei pelo tempo visitei a casa de alguns amigos, visitei minha futura viagem, meu antigo laboratório, falei com meu antigo chefe. Fui também ao futuro, o meu. Fui até a Costa Rica, até Belém, fui até meu possível futuro trabalho, futura família (família?!?!?!?), futuros. Um futuro cheio de dobraduras e possibilidades.
Fiz viagens pelo meu jardim, plantei um cactus novo, uma mudinha.
Pensei em algumas das tarefas do passado ainda não cumpridas, e cumpri algumas tarefas de um presente há muito planejadas. Tirei o lixo.
Descobri que existem pessoas boas, ainda. E estas estão no meu caminho.
Planejei um curso novo, que vai calhar como uma luva, que não seja de cera.

Mas aí tem as horas, que passam desapercebidas, e o tempo que insiste em seguir sem olhar pra trás, em uma viagem sem volta.
E eu fico tentando despistar o tempo, contando o tempo e sobre o tempo que passou e que vai passar.

12 outubro 2007

(...) "E por não ser contaminada de contradições

A linguagem dos pássaros

Só produz gorjeios."

Manoel de Barros

11 outubro 2007

as flores do meu jardim


Hoje fazia um ano que havia recebido as primeiras flores,
aquelas do dia 11 de outubro de 2006..
Mas a presença, sonhos e lembranças
nunca estiveram tão vivas como naquela tarde,
onde tanto pensou-se, onde tanto sonhou-se,

.. e a saudade tão grande
estava muito próxima da extinção.
e o amor,
aquele que havia começado a 5 anos atrás,
tão sorrateiro, tão cheio de detalhes,
tão bem cuidado, acarinhado, amadurecido,
nunca esteve tão perto da eternização.

Que dure enquanto seja eterno,
e que seja eterno enquanto existam,
enquanto sejam, dois, um.

09 outubro 2007

alguns novos velhos fatos sobre a minha vidinha ordinária nestas últimas semanas.

O trabalho continua tomando toda a minha existência criativa e temporal destes dias, que correm lepto-fagueiros como o sangue que volta a correr vivazmente em minhas veias. Rezo para todos os santos, amém!

Depois de uma crise de greve das minhas hemoglobinas e hormônios tireóidianos, parece que a super alimentação e super vitaminas ativar ( forma de um balde de gêlo!!!), começam a surtir algum efeito nos ânimos desta pessoa que vos fala.

Tome ferro, tome ferro, na vida, nas veias, ferro para enfrentar o mundo e para escrever a dissertação. Que apesar do mundo, de tudo e por incrível que pareça .. vai muito bem, obrigada!

Meu auto-boicote, apesar de tentar minar todas as minhas facetas, sim sou multi-facetada, desiste no meio do caminho.
Geralmente nos momentos em que o sangue resolve correr novamente pelas veias. Viva o Combiron.

No meu dia de ontem, na minha auto e super crítica avaliação comigo mesma, passei de pessoa inútil, burra, oca, na minha auto-concepção no que permeia possibilidades e ações futuras, o que vou ser quando crescer(?), dúvidas, futuro, reprodução social pessoal, para motivo de orgulho demonstrado em vias públicas por minha professorinha, chefe, estrelinha estellar da minha vida. Passei de candidata à entrevista por telefone frustrada para trabalhar em ong internacional, para uma feliz mestranda em fase de plena finalização de dissertação, e veja que segundo olhos experientes, meu trabalho se mostra muito consistente. CONSISTENTE!!!

Acho que nunca vi com tão bons olhos esta palavra!

E percebi que apesar desse sufocado caótico mês de outubro (faço ressalvas de que faltam por volta de dois meses para o Natal, já ouço os sininhos e o jingle bel se aquecendo na esquina) parece que finalmente todo o esforço e trabalho se mostram em resultados consistentes.. ou melhor.. parece que finalmente as coisas se movem, evoluem.

e assim.. fico com uma falsa sensação, mesmo que por alguns dias, de que estou dando conta da minha vida. E que as coisas, a vida, as tarefas começam a ficar sob controle.. ho ho ho

E depois? e depois? ansiedades naturais de uma mestranda em fase final de dissertação...

25 setembro 2007

tempo tempo tempo vai vai vai

Quer saber... o mundo que espere.
Vou andando nessa trilha com vigor, mas não atropelada..
porque de atropelada já bastam os cachos na cachola.

Passo o bastão da responsabilidade de ter que se dar todas as respostas e rumos para o mundo. Se eu conseguir sobreviver essa semana já será uma grande vitória, que seja em ritmo de bolero, tapo meus ouvidos aos technos acelerados e ansiosos. Ao menos essa semana.

24 setembro 2007

resiliência

o mundo, em todas as suas nuances, digo mais e vou além, através de todos os prismas, decidiu que quer todas as respostas e soluções essa semana.
se sobreviver até domingo ficarei feliz da vida, nesta minha vida.
então é isso.
...pontos infindos de reticências...
o mais interessante é saber que tudo pode piorar, demandas sempre surgem emtodotempootempotodo, ainda mais comigo, que ainda não tenho uma auxiliar, muito menos irmã gêmea, nem sósia, nem molecular, nem.. nem... (ensaiando uma cara de choro)
não tô dando conta de mim.
porém, persisto.
que é a única coisa que me cabe. que me resta. que sou.
engraçada, charmosa, porém e sobretudo
resiliente. Ah sim.. sou.

23 setembro 2007

inseguridade

E tomaram a minha magrelinha, assim de um dia para o outro, sem pedir nenhuma licença. Companheira de todo o dia, desde tanto tempo, a minha única de toda uma vida.

Mas como todos nós, infelizmente sem exceção, estamos vulneráveis, somos todos vulneráveis ao olhar do outro.
Sujeitos à inseguridade da invasão do local onde teríamos por direito, chamar seguro, nosso. O local onde repousamos nossas cabeças, todos os dias.

Então temos que em nossa realidade bater os ombros e sorrindo amarelo agradecer por ter sido apenas algo tirado.. e não alguém tirado.

E assim vão se passando os dias, e assim vamos vivendo.
E o que podemos fazer?
Podemos colocar grades nas janelas, sistemas de segurança, e rezar para os santos, deuses, orixás para que passemos ilesos mais uma semana. Oxalá!

Mas ligue não que qualquer hora lhe saudarei pelas ciclovias novas em folha do meu bairro, e darei licença para sua passagem!
Caracol é uma casa que se anda
e a lesma é um ser que se reside.

Manoel de Barros

21 setembro 2007

atropelo

Desde que soube que você viria, tenho andado ansiosa pra chocalhos,
correndo muito, toda abarrotada de coisa sem fim, quase não dando conta da minha vida. Sua por extensão.
Fico pensando em você e quando esta saudade que assola meus olhos furta meus pensamentos, busco qualquer coisa que me remeta à sua figura, a sua lembrança. Você.
Fico toda fagueira, desgrenhada. Boto regra e ritmo. Faço passar os dias, que são corridos e tortuosos, na sua espera, agora nem mais tão eterna nem longa.
Preencho o buraco que é do tamanho exato da sua pessoa na minha vida como todo esse furor pertinente do trabalho exagerado, que não me dá sossego. A vida em seu ritmo de veraneio, nada a passeio em horário de verão.
Nesta velocidade milimetrada, contada de fio a pavio, fico olhando pela janela a te esperar. Esperar.
Esperar você chegar.
E aí.. humm..

19 setembro 2007

(...) cantar sem canto sons de dentro quanto espanto
cantar sem a voz coral de sentidos quanto encanto
cantar para vós silenciosa canção eu canto.

Ana Salvagni, "Janela sem Tranca", Ed. Komedi

quando eu morrer...

dos desenhos ainda não começados

tem tanto desenho ainda a ser feito.
dê-me o papel, seu moço,
porque os dedos estão coçando
quero tudo: grafite, pastel, aquarela, carvão
e assim nada mais será preciso
tudo será.
tenho dito.

barba, cabelo e bigode


liami

18 setembro 2007

verde-água

Tinha já a data marcada e o dia na folhinha
cuidadosamente circulado em cor azul,
assim como a cor dos olhos. Dele.

O mesmo azul que misturado com os verdes dos olhos dela
ficavam assim como a cor do oceano, que separava ela dele, ele dela.

Então, só se pensava no outro lado do oceano
e no que os ventos de lá traziam e a brisa do mar..
Ah, a brisa do mar...

peixes para fora do aquário

e naqueles dias tudo o que fazia era limpar,
deletar arrumar, organizar, listar, catalogar.
acho que a era de virgem tinha finalmente chegado à sua vida.
a necessidade de botar ordem e guardar
o necessário era uma idéia fixa em sua mente.
e que ficasse e se instalasse, enquanto quisesse.. essa neurose nunca antes vivenciada era muito bem-vinda.
queria uma faxina naquele aquário, porque os peixes fizeram muita bagunça durante toda sua vida, na sua vida.

12 setembro 2007

that I wanna fall from the stars straight into your arms

hic hic hic

porque hoje subi uns quarenta e sete lances de escada
vi a ilha fiscal linda e iluminada sob a luz da lua
comi empada e ouvi minha canção favorita na lapa
aceitei meu período
comprei uma barra de suflair e comi todinha
vi uma jangada saindo pro mar
encontrei um capixaba amigo de um amigo meu
quase arrebentei a sapucaia
tirei a foto mais linda do mundo dos arcos
dancei pela cinelândia
estou ouvindo simply red

hoje soube que metade de mim está com passagem marcada pra guarulhos

hic hic hic

e hoje.. ainda hoje
quero os mais belos sonhos
porque afinal de contas

o rio de janeiro e niterói continuam lindos

hic

09 setembro 2007

09 de Setembro

E aos virginianos de plantão um brinde..
À minha virginiana favorita muitos brindes e sorrisos.
Eu como uma boa aquariana rebelde, apesar de tão caracterizada de corpo e alma, tenho não sei bem onde, mas tenho meu ascendente aí.
Um dia quem sabe encontro e me torno gente..uma gente mais perefccionista, mais certinha, mais ordeira, menos caótica, mais mais.. mais..
bem.. o que quero falar é que hoje é o dia dela.
A mulher que me trouxe à vida, a mulher que me guiou nos primeiros passos, ela que fazia cachinhos nos meus cabelos.
A miss da minha cidade, a mulher que sempre me convida para ver coisa ou outra na tv, que conta e conta histórias e causos como ninguém.
A mulher exemplo, a mulher-mãe heróica.
Ela ser divino, diva da minha vida.
Vamos lá porque tem muito pensamento pedindo guarida aqui neste espaço que é meu, nosso. Além do mais, Setembro já chegou.

30 agosto 2007

uma confissão de uma tarde de Agosto

Nesse compasso descompassado pela ansiedade, não há nutricionista que controle, não há dieta que limite, não há necessidade que freie.
A insaciabilidade do ser humano toma conta da imaginação e aliada à geladeira e ao fogão torna o emagrecimento uma maldição.
(maldita rima)

Confesso, confesso. Comi agora a tarde um baldinho generoso de pipoca, seguido de um potinho de morangos, com uma leve pitada de açúcar branco por cima, apenas pelo simples prazer deste veneno. O uso indevido de diminutivos não é mera coincidência.

Mesmo me sentindo cheia por dentro, não tiro do pensamento o chocolate de um futuro bem próximo.

Eu sei que tenho uma dissertação pra finalizar, tenho uns muitos quilos pra emagrecer e em um futuro próximo momentos de vácuo profissional, eu sei.. eu sei..
sei tb que a minha vida amorosa tá mais parada que trânsito na hora do rush, sei que existem muitas léguas de oceano pra transpor, sei que tenho muito o que fazer, muito, uma pia pra lavar, um cabelo pra cortar, o mundo pra girar.

será que tenho alguma justificativa no mínimo justa, que justifique essa tarde mais insossa regada à sal e açúcar?

obs1. Não estou cabendo em mim.

obs2. Estou com vergonha de publicar esse post.
Tudo vibra e berra
A tal da natureza
é uma guerra.


Wandi Doratiotto, "Haicais"

O manual da pequena dona de casa - Carolina Gama

27 agosto 2007

musiquinha boa pra acordar o dia

mas daí deixei outras melodias cantarem no meu chuveiro matinal.


Bitch - Meredith Brooks

por estar meio musical

a roda de samba da noite de ontem não foi suficiente.
apesar de faltar um pouco mais de sangue negro em mim, admirando e sambalanceando imitei alguns passos tortos das belas mulatas que davam um show à parte.
a voz negra de peruca loura preenchia o salão e os vasos sangüíneos fazendo o coração pulsar em um só ritmo, assim meio de samba.
não deixe o samba morrer......

23 agosto 2007

pic pic pic.. feliz bloversário?

É meu caros,
um ano de zirilices soltos pelos cabos, satélites, ares.
Virtualidades minhas, nossas, por aí. Não sei exatamente por onde.
Talvez em uma realidade paralela tão presente na vida de todos nós.
Cabos, conexões, transmissões.
Um ano de blog da Zirila.
Blog?
pois é..
As cartas tão minhas e tão antigas estão meio encaixotadas, a caneta parcialmente utilizada, escuta-se apenas o barulho das teclas tecladas.
Novo tempo, velhas idéias, mesmo ser humano.
Será?!
Bem.. teremos mais alguns anos aí para compartilhar, os pensamentos, cenas cotidianas, bobagens, seriedades.

Continuemos agora, então na labuta, que é muita e o tempo que corre mais rápido do que o relógio.
e o blog ficou sem bolo de aniversário, sem comemorações, mas sempre a lembrança singela de que um ano já se passou. Que venham os próximos!
Que venham... descobriremos juntos. Eu vc , vc e eu.
O som que sopra meu querer
Dá o tom que renasce meu viver
Levando e trazendo a brisa
Meu coração não mais se desliga.


Silvana Nascimento, "Com o Corpo e Alma"

19 agosto 2007

e quando me perguntam

-e a África?
-está do outro lado, onde o oceano chega ao fim.

18 agosto 2007

Sweet Dreams - The Eurythmics

predição

do Lat. praedicatione

s. f.,
acto ou efeito de predizer;
vaticínio, profecia;
prognóstico.

o pingo pingante que pinga pinga inga inga

Precisa-se de alguém que conserte torneiras de pia.
Alguém que saiba dar nó em pingo d'água.
Quero calar a solista que canta em opereta na cozinha ao lado.

retalhos de uma tarde

De súbito não teve mais vontade de continuar mantendo alguns dos antigos vícios que lhe eram tão habituais. colheu algumas amoras do pé que tinha em sua casa pra fazer geléia. relembrou alguns amores saudosos que marcaram seu passado com gosto de pic nic em tarde de feriado ensolarado.

Sua garganta raspava um pouco, o corpo pedia arrego.
Tomou seu habitual vespertinos leite com café e pão com margarina.
Era um dia ensolarado, beirando a perfeição pertinente às tardes de sábado.
O barulho da torneira da pia pingando, lembrava do conserto que ela precisava realizar. Mas ela não sabia de torneiras, não entendia muito bem das ferramentas.
Ela entendia de outras tantas coisas e de tão poucas coisas.

Naquela semana sonhara alguns sonhos significativos, e naquele dia continuava a sonhar, sonhos, tantos, de sua vida, do mundo todo, ...deles.

16 agosto 2007

flores na janela



A orquídea da minha janela deu flores,
ontem estava em botões, hoje amanheceu em flores,
quatro bem amarelinhas.
Fico aqui da minha janela vendo
e bem sei que ela floriu só pra mim.

15 agosto 2007

Blackbird

e o tempo não dá pausa, não descansa, nem tira soneca.
a quarta-feira acabara de nascer, mas o corpo ainda pede o domingo que foi retrasado.
é o mês , digo século do acúmulo, falta o sono, que fica ali no quarto à espera,
têm-se o muito trabalho que fica no outro cômodo empilhado, espalhado pelas superfícies planas. Têm-se o mundo que gira gira e me deixa tonta.

12 agosto 2007

oco

Estava em pausa, uma pausa vazia e oca.
Não queria colocar nada naquele minuto,
transformados em minutos longos e ininterruptos.
Queria apenas se esvaziar e se refazer, modelar uma nova estrutura.
Mas isso era apenas vontade, ganas de reconstruir.
Verbo em que era especialista.
Resiliente, forte.
Permanecia como que em transe psicodélico.
Adormecida, constante.
E via de que nada adiantava, era apenas o esforço de mais um domingo matutino silencioso de auto-observação e sua vida cheia lhe esperando.

11 agosto 2007

da aula de inglês

- Tell me, what do you like to on your free time?
- Wachting movies and SEX.
- Fair enough...

10 agosto 2007

aborto

e daí alguns pequenos versos meus foram interditados de nascer.
pois não vale a pena.
e não é uma pena.

09 agosto 2007

deste mês

Sinceramente, não gosto muito deste mês de agosto.
Prefiro muito mais setembro.
e aí que o baixadão me aguarde, porque vou botar pra deletar.

verso da semana

Houve uma reconciliação,
houve um rompimento
e
tudo acabou em uma luxação.

do meu treino de handball

Aconteceu uma luxação dos nervos, sim digo nervos, porque não sei direito o quê. Apenas sei que o meu pé resolveu ficar inchado, dolorido e agora eu manco. Amanhã vou visitar a cúpula da ordem médica e quem sabe descubro o que foi que passou. Já sei de antemão que alguns anti-inflamatórios e analgésicos serão ministrados, eita vasta sabedoria das dores dos pés virados de mal jeito.

31 julho 2007

uma outra xícara de café

Era uma casa simples, em uma vizinhança que remetia à sua infância.
As plantas nos vasos estavam bem cuidadas, verdes, vivas, belas. O varal ocupado por roupas seqüencialmente estendidas lado a lado. Ficou impressionada pela ordem das cores e quadros tão belos na parede. Tudo em harmonia. A letra no bilhete da geladeira, redonda lembrava do compromisso da quinta-feira. Gostavam ambos da arte e da língua francesa. Era uma manhã fria, o café ocupou a xícara e o centro da mesa durante a conversa matutina.
Anotou seu telefone, com a tal letra redonda, na agenda que ficava em cima da mesinha do canto da sala.
Fazia muito frio. O vento zunia pelas ruas, e o sol batia na janela.
As folhas acumuladas dançavam no corredor.

29 julho 2007

da segunda e última xícara de café do dia

Fez sua xícara de café, colocou sua bota e seu casaco pretos.
Muniu-se do melhor espírito festeiro e foi ao encontro dos amigos no lugar tão conhecido. Sentia-se tão em casa.
Queria celebrar, dançar e festar, despretenciosamente como há muito não fazia e ver o dia clarear, o sol nascer, e brindar.
Brindar as coisas simples.

25 julho 2007

as personagens do meu dia

pessoas que vem e vão,
amigos, conhecidos, passantes.
pessoas que ficam, que sempre estão.
pessoas que são esquecidas e outras que são lembradas.
mas têm aquelas que são lembradas com alegria
e aquelas que são empurradas no vão mais longe para o esquecimento.

tem umas pessoas que chamam a atenção
e daí eu fico imaginando quem seriam elas,
do que gostam de comer, o que elas estariam fazendo agora?
tem outras que passam desapercebidas, perdidas no meio do tumulto do dia a dia, pessoas cinzas, pessoas que estão fora do foco, do meu foco.
elas ficam todas lá no fundo da cena, inexpressivas, e esquecidas pela minha indagação.

e eu sou mais uma pessoa.
seria eu uma das que são lembradas ou uma fora de foco?
posso ser os dois, depende do foco de quem vê. se me vêem.
eu vejo.

às vezes quero ser vista, às vezes quero ser invisível.

hoje eu vi uma pessoa que não me viu. mas eu a vi. e vi, sempre tenho visto essa pessoa ultimamente.
hoje também vi uma pessoa que vi uma outra vez na rodoviária da cidade de São Paulo.
pense... bem, nesta probabilidade.
hoje eu fui vista e vi outros tão queridos que há tanto não via. e vi também alguém que não sei se verei de novo.
mas não vi as pessoas que vejo todo dia.

bobagens minhas, pensamentos meus.

18 julho 2007

dos olhos que viu

A moça contou sua história, contou desde quando era menina.
Os olhos ouvintes brilhantes ouviam.
A menina-moça contou seus segredos, mostrou seu avesso.
Ela não gostava muito de contar sobre os caminhos por onde passara.
Sempre tinha receio, medo da lembrança, do olhar daqueles que a escutavam.

Mas os olhos brilhante ouvintes viam que a moça ali era menina forte.
E ela amendrontada mais forte então se mostrava.
Assim fugia dos olhos brilhantes que ela fitavam.

16 julho 2007

ainda do dia de hoje

a chuva era esperada,
lava o telhado, lava as folhas não tão mais verdes.
o suor ensaiado ritmado,
molha o corpo,
brilha os olhos verdes.

de hoje

a falta de energia
estanca o dia,
e lá fora
a chuva chovendo
e o mundo girando girando.

12 julho 2007

12 de julho

hoje é o dia do engenheiro florestal
Ah tá.. nunca ouviu falar?
Não, nós não contruimos casa em árvores.
Não construimos móveis, não.
Prazer, sou uma desta espécie.

sul - nordeste

A noite estava fria, um frio do sul.
Mas ela tinha a boa companhia, companhia de um nordeste, que era já tão familiar e encantador a ela.

paçoca de sobremesa

e ela que era fissurada por paçocas, após pagar a conta do buteco, empunhada com exatos 50 centavos, perguntou pro moço do caixa.
-Quanto é a paçoca?
- 40 centavos
-Faz duas por cinquenta?
O moço com um sorriso largo de pronto fez a troca.
E ela saiu de mão cheia...

Ficava feliz com pequenas coisas, pequenos escambos, pequenas delícias, pequenos quadradinhos de paçocas.

09 julho 2007

das estações

Gostava do frio, mas com o passar do tempo começou a gostar mais do calor..
No fim gostava de todas as estações, apenas tinha preguiça de colocar tanta roupa.

das conjunturas

mas.. o mundo é pequeno pra caramba e nos linkamos novamente.
é.. o mundo muda muito, fica rodando..rodando.. e a gente em cima dele..
daí a gente acaba ficando zonzo e muda um pouco ou muito também, junto com o mundo.

- As vezes dá vontade de pedir para ele parar um pouco...


mas ele nao para de girar não.. e não tem jeito
os leites derramam.. e vai passando.. os carros transitam.. e não param...
só param porque tem um farol..que obriga.. e a multa.. claro
a multa.. que chega.. se os transeuntes não obedecem

Presente do amigo de sempre

e meu amigo de sempre, o homem upiano, esta semana me presenteou com uma dupla que preciso compartilhar com vocês.
Escutem a voz, que voz! Com vocês, com muita honra...
Tuck & Patti

Deliciem-se!!!

08 julho 2007

Desta tormenta

O pesadelo acabou, estou finalmente acordada dele, ainda meio que em frangalhos, afinal a dor vivida mesmo que em sonho é penosa. Muito desgastada, muito cansada.
Na hora que pensei que não mais suportaria, quando estava desistindo, porque não tinha mais forças, não mais forças tinha, vagarosamente fui sendo acordada.
O peito está ainda todo esbugalhado. A respiração sôfrega.
Temerosa por alguma outra tormenta. Um pouco amedrontada.
Pouco aliviada porque, no fim, por hoje acordei do pesadelo, mas sei que alguma hora adormecerei de novo.
Mas este agora, este agorinha, consigo sorrir de novo e consigo ver o verde das folhas, sentir o sopro do vento.
Ansiosa para que bons sonhos venham, sonhos de calma, sonhos da alma.

04 julho 2007

beijo grande?!?!

ah!!! mas e o moço que sente a minha falta, o que me mandou um beijo grande?!?!?
.. ele é.

onde está a sua beleza, minha viola

afinal pra uma moça bonita, tem que ter um moço bonito. num é não?
digo isso no sentido amplo da palavra, porque não adiante por fora ser bela viola e por dentro pão bolorento.
ho ho ho
o que vale é a beleza (ponto)
o que é beleza?
;)
viva a diversidade, porque eu, gosto do ...oops.
Como diz Tata, a minha ISO, cadê?
ISO pra quê?

03 julho 2007

outro moço bonito

não se incomode não
tenho muitas histórias com moços bonitos
sou cercada deles. vários tipos, idades, sabores e graus de parentesco.

aliás nunca pensei que o moço mais bonito da festa fosse dar prosa pra mim, e sim, ele deu toda a prosa. e o moço nem tão bonito que comigo na festa não quis nem prosear deve ter ficado morrendo de dor de cotovelo. E se não ficou também, xurumelas a esse não bonito.

porque esse tal moço que comigo proseou era bonito, bonito, muito bonito. no sentido literal e carnal da palavra por fora, por dentro acho que era um menino, pois de moço mesmo só tinha a barba. novinho de idade, mas cara de moço de barba e tudo na cara. e era o mais bonito, da festa toda.
e tenho dito.

* é acho que tenho revelado meu gosto apurado por homens com barba e cabelo desgrenhado. afinal pente pra quê?

a bala de banana


E um moço bonito me encantou com seu jeito meio avoado.
Seus cachos, sua barba, seu olhar.
Comprei uma bala de banana para o moço bonito. Só não sabia como entregaria a simples balinha embrulhada com palha de milho. Fiquei carregando a balinha pra cima e pra baixo. A timidez não permitia, o moço era muito bonito.
Bonito demais.
Até que num outro dia, digo um dia depois de ter comprado a balinha, singela e doce.
Esbarrei-me com o moço em um intervalo e justo ali papo vai papo vem.
Ouvi um elogio vindo dele à um doce de banana que estava sobre a mesa, não tive dúvidas, e de sopetão perguntei se ele havia comido a bala de banana das moças que vendiam ali em baixo. Ele respondeu que não, e eu.. ofereci a balinha.
Ele disse obrigado, chamou pelo meu nome.
E eu, que mal sabia que ele meu nome sabia, sai dali com minha missão cumprida.
Entreguei a bala ao moço bonito.

* a bala foi uma dessas que esta na foto.
** a foto do moço bonito, tenho vergonha de mostrar. :)

destes meus dias

o dia.. passa voando.. as horas.. escorregam pelos dedos
e assim passa-se o tempo
Just wanted to say: Beijo grande
Miss you

*** e ler essa pequena mensagem me fez sorrir.

21 junho 2007

super volta ativar

e chega desse negócio de silêncio, o meu.

13 junho 2007

orgulho

E eis que consigo realizar a tarefa a mim dada..
Transmitir a Jornada, da qual participo da organização, ao vivo para todo o mundo internáutico.. então meus caros se vcs quiserem espiar um pouquinho..
Sintam-se a vontade.

III Jornada de Assentamentos Rurais ao vivo pra vocês!

11 junho 2007

desassossego

A semana passou intensa como pimenta malagueta, o fim de semana prolongado com intermezzos de trabalho intenso e estafante também passou.

Teve choro, vadiação,trabalho, sono escasso, soneca no meio de uma tarde de sábado, bandinha muito boa no boteco da esquina, desentendimento-reconciliação, teve dança em baladinha anos 80, celebração contra a homofobia, celebração da vida, paquera, garotas superpoderosas como sempre todos os dias (essas que só não tem o mesmo sangue que eu, mas considero irmãs de sangue azul), teve guatemalteco, norte-americano e muitos brazuquinhas, leve caninha, fadiga, pornô-chanchada da pior qualidade, música da melhor qualidade, tríade dani-tata-lili.

Tem muito mais por aí, sempre tem muito mais.
Porque a agenda tá sempre esturricada e esbaforida.
Quero que o novo fim de semana prolongado chegue loguinho.

E faço meu anúncio.. não estou sussas. Nada sussas.

05 junho 2007

da minha falta de gramática

Faz um pouquinho mais de uma semana que voltei à realidade.
A minha realidade de adultescente.
Os objetos da minha vida começam a tomar conta novamente de seus devidos lugares.Idéias, sempre mirabolantes, o que é pertinente ao meu mundo, preenchem mesmo que quase escondidas, todos os espaços vazios da minha cabeça e veja bem, estes não são muitos.

Fico testando todos os limites e possibilidades.

Redescubro que para não fugir das regras da minha vida, o trabalho sempre ronda e rodeia e permeia e invade muitos dos minutos e das horas que compõem meu dia. Então, desta maneira, reinvento formas de burlar um pouco a dureza e frieza das coisas. É um pré-inverno, afinal de contas, e nestes dias têm feito muito frio na América do Sul. Não há nenhum corpo na cama além do meu. Este se envolve em cobertas que cumprem bem o sua finalidade. Para ficar pela casa encontrei para os meus pés um par de pantufas vermelhas fofas em formato de ursinhos de pelúcia. Meus pés fortes e grandes, talvez desajeitados neste mundo cheio de padrões, enfrentam o mundo da forma que lhes é conveniente. Possuo também meus dengos e vez ou outra, nestes dias raros, gosto de adornos de menina, como menina que sou.

Minhas idéias mirabolantes ficam meio ali rondando tímidas ao lado das preocupações que dominam as horas e minutos do meu dia. O tempo passa tão saltitante e tilintante, como se é já de costume nos dias de hoje quando este se é perdido pelo vento e ruas e trânsitos. Não há mais tempo pra nada.

As preocupações, tarefas, listas e coisas, digo trabalho, continuam lá dando sentido e guiando o caminho. Será que esse caminho deve continuar a ser seguido?
Trabalhar é preciso.

O resto de café na xícara já está gelado, assim como minhas mãos que digitam palavras, antes sem sentido, neste profano teclado. A minha letra de mão não possue mais a mesma grafia de antes, quando era tão bem treinada, afiada. O sol que aquecia minha sala já se foi. Não tem romance no ar, ele se foi, lavado ralo abaixo junto com a água do banho.

E preciso voltar as outras palavras não menos sérias, mas que conferem ao meu momento o conjugar do verbo trabalhar. Preciso estudar a gramática.

01 junho 2007

"...Havia balões no ar, xote e baião no salão
E no terreiro, o seu olhar que incendiou meu coração"

Luiz Gonzaga e José Fernandes

:)

e tô aqui boba e admirada e feliz de ver relatos, depoimentos assim, de amor.
Dá até arrepio na espinha e alegria que não cabe no coração.
Alegria de ver, de saber, de presenciar.
Torcer e torcer e sorrir por e com.

31 maio 2007

do possível encontro mais a noite

Zirila diz: Eu vou dar aula

Morena diz: Eu vou trabalhar. É, acho q não vai rolar.

Zirila diz: Eita.. esse mundo adulto..fala aí? Acabaram-se as tardes descompromissadas de terças ou quintas.. quaisquer fossem os dias.

Morena diz: pior q tô com o corpo de gripe e uma úlcera virando gastrite. Aliás, uma gastrite virando úlcera.

Zirila diz: úlceras estão na moda nos dias de hoje. Se vc ainda não teve a sua, corra já para o cotidiano mais próximo

Funny Little Frog - Belle & Sebastian

capítulo do dia de hoje

e eu continuo com saudade. Tem jeito não.
tem alguma pílula aí anti-saudade?

hoje tive notícias do bem amado e não sei onde esse amor vai parar, e se vai parar em algum lugar.

hoje tentei matar um pouco mais de saudades por aí, mas é tanta a saudade e de tanta gente. Tive algumas notícias de uns, mais outras de outros.

dei aulas supimpas. aluninhos novos. fiquei empolgada e eles também.

faz frio.

descobri que ainda cultivo cativas minha úlcera e minha anemia. Ferro na veia, de novo, e mais o outro remédio initerruptamente por um mês, de novo.

vou dormir, acho que esse frio está congelando tudo.

meias coloridas, moças nas esquinas

Eu gosto de meias coloridas, listradas, coloridas, lisas coloridas, com brilhos e purpurinas. Gosto de coisas coloridas, gosto de cachecóis felpudos, gorros e boinas variados. No inverno gelado têm que sempre manter tudo quentinho, coberto.
O mundo fica um pouco mais elegante e frio.

As putas nas ruas se cobrem elegante e provocante. Encapuzadas quase indistintas dos outros transeuntes, diferenciando-se apenas pela postura à espera em suas esquinas-escritórios e seus brincos longos brilhantes que se destacam em meio aos cabelos soltos e compridos.

30 maio 2007

a roupa limpa do meu dia de hoje

Hoje afirmei meus planos de dieta, lavei toda a roupa suja, dei maiores sintomas de ordem no caos que rodeia a minha existência. Fiz um belo corte de cabelo, finalmente.
Fiz estripulias meio insanas com meu corpo, retratei-me com ele.
Descobri que alguns quilinhos foram incorporados à minha embalagem, reafirmei ainda mais meus planos de comida racionada e exercícios salutares em um futuro muito próximo, atual. Descobri que o povo brasileiro é o povo mais mestiço do mundo.
Matei as saudades de alguns, troquei muitas figurinhas e fiz planos para celebrações próximas.
Tentei matar a saudades de outros, por telefone e pensamentos, que foram muitos e intensos.
Recebi presentes em forma de bolo de rôlo e linhas simétricas.
Dei pequenos presentes com sabor de doce de leite.

Estou ainda com o meu peito cheio de saudade, de tantos, de muitos, de particulares, específicos. Uma saudade assim, arraigada, crônica e aguda. Sempre presente.

E mesmo assim, apesar de toda essa saudade, preciso trabalhar, perder 7 quilos até amanhã, ter conversas bílingües e tentar matar um pouquinho dessa saudade que faz meus semblante um pouco triste e faminto. Saudade deveria ser considerada doença com direito a licença. Veja que beleza.. "Peguei banzo, estou de licença"!

Estou com fome, mergulhei em uma dieta a lá Zirila. Tomara que seja coisa boa.
Mas vou comer então só um pedacinho de bolo de rôlo, afinal, não engorda, nutre a alma.

29 maio 2007

anúncio que apareceu por aqui

Trago amor em 7 dias
Amarração forte e seu amor de volta
pgto após 11 3212-0235 ou 3212-0225


Fala sério!?!?
Quem é que acredita nisso nos dias de hoje.
Espero que não me confundam com tais ciganas.
Sou cigana, sou zirila mas não iludo ninguém não.
Amores amarrados não são os tipos de amores que aprendi.
Amor tem que poder voar e voltar por livre vontade.
Dura é a separação, dura a distância, mas o amor é assim.
É e ponto. Voa, fica longe, passa por tempestades e é.
Assim mesmo, sendo.
Às vezes meio silêncioso, meio distante, mas sempre batendo junto nas batidas do coração.
Apesar do meu coração, que anda meio descompassado ultimamente.
O estrômbio dói às pampas. Reflexos do estresse crônico latente da vida na cidade grande.

A vida urge estridente e espalhafatosa... queria ir prum canto qualquer longe de tudo, e então que alí o tempo parasse, fizesse uma pausa em compasso binário em clave de fá, com mínimas acompanhando e adornando minha pauta, que seja breve ou semi-breves, a do dia, da pausa.

minha prima noche

Já começam os muitos compromissos: apresentações de boa música tocada por pessoas queridas, churrascos, festas de aniverário, exibições de curtas e o muito trabalho que está aqui grudado em mim. Saudade de tantos que quero ver, preciso.

Mas por enquanto eu fico aqui com um chá bem quente (litros) e muitas palavras bilíngües (sonoras).

28 maio 2007

doce lar doce

depois de dias fora de casa, perambulando por terras estranhas, estrangeiras, depois de horas de espera nesses lugares chamados aeroportos, atrasos, cheguei em casa.
E o teclado já é o familiar, o gosto do café é o do meu próprio.
Mas ainda tenho muita coisa pra arrumar, recomeçar, lavar a roupa suja, aparar as unhas e eternizar as recordações.
Rever os planos, a agenda, selecionar as tarefas e botar a casa em ordem.
Fazer a faxina e reordenar as mudanças.

Acho que preciso de novas férias.
Mas esse negócio de férias dá muito trabalho. Cansa muito.
:)

25 maio 2007

Ahan

Acabo de ver pedacinhos roubados de Shreck Tercero..
DIVERTIDO!!!!!

ps. tö na duvida como se escreve o nome do bichinho.

24 maio 2007

Breves relatos

Cheguei em Santiago.
O Aconcágua, os Andes sao realmente magníficos.
Daí dá pra se entender essa paixao dos homens em desvendar.. em desbravar lugares tao imponentes. Um pouco do céu. O topo onde o ar é rarefeito e só poucos possuem a garra e a honra de pisar.
De volta äs cenas urbanas, aqui em Santiago continua muito frio.. frio. Aquele frio gelado que pede chá quente, aquecedor e blusas e blusas e gorros e cachecóis. Paradas estratégicas em Cafès.
Tudo uma delìcia.
Santiago tem um quê ... ainda vou me aprofundar mais amanha.
Por enquanto fica apenas o cansaco.. o cansaco, e admito que uma vontadinha de voltar pra casa, apenas uma vontadinha...Porque esta vida de caramujo meus caros, carregar a casa nas costas, tem seu charme e sabores mas tambèm cansa as canelas.
Viajar è sempre maravilhoso, mas voltar pra casa tambèm è muito bom.

Que te vaya bien!

Comecam as despedidas.
Desejos de melhores dias, todos os melhores desejos para os que ficam, para os que se vao.
O coracao sempre se apertando um pouquinho.
Mas bem... tudo tem que continuar.
Ñ gosto de despedidas e estou sofrendo desse mal.

22 maio 2007

alguns reportos

Agora um desses poucos raros momentos aos quais me deixo levar por uma virtualidade quase inexistente nessas férias.
Meus e-mails nem mais d~ao bola para mim. Nem eu para eles.
Ainda ñ descobri como se faz o til nesse teclado forasteiro, acho que vcs perceberam.
Meus chinês melhourou consideravelmente.
Encontrei Marquito, de novo. O terceiro encontro em sete anos de amizade.
Como gosto dele!
Mandei postais à muitos amigos, também comprei presentinhos singelos.
Estou carregando uma mala um tanto quanto pesada, um castigo como resultado do pouco tempo destinado à organizacao da mesma.
Tive pesadelos com a minha realidade.
Tive pesadelos reais com outras realidades, mas que felizmente tiveram um final feliz.
Me voy, vou voltar aos sonho das minhas fërias... afinal sao raros esses momentos.

Ah!!! importante, logo logo vou passar pelo Aconcagua.. estou muito animada.
Aqui é tudo mutio lindo e o vinho ë muito bom...

19 maio 2007

e assim se passavam os dias, ora caminando..ora se emborrachando..
porque festa nao tem que acabar.

17 maio 2007

directamente desde Buenos Aires

e è claro,meus caros, que mesmo aqui eu fiz uma das melhores caipiriñas que jà fora feita antes em um paìs chamado Argentina.
Estranjeros necesitan e tienem que conocer la buona bebida Brasileña, feita com cacha'ca 51 tipo exportaciòn comprada à 20 pesos na Argentina.
... e eles gostaram, muito. Suecos, canadienses, holandeses, ingleses, autrìacos, argentinos e a brasileña, afinal eu ñ sou de ferro.

O teclado ainda è uma incògnita.

Mañana serà o grande dia de Seba.

Estou feliz!

PS. Rogèrio trate de comprar muitas fôrmas de gêlo, porque casa de bom brasileiro ñ pode faltar.

12 maio 2007

minhas quase férias

Estou quase com um pé lá.
As horas até o vôo estão contadas,
apesar de parecerem ainda infinitas e
recheadas de muitas emoções,
muitas águas ainda vão rolar por baixo dessa ponte.
Recebi notícias de um dos tripulantes dessa jornada.
Senti até um pouco o cheiro de tango no ar,
uma plaza de maio,
uma nove de julho.
Mas ainda tô aqui na labuta, no chão.
Tô aqui, e a cocada não está mole não.
Mas estou quase lá,
porque depois que eu entrar no avion,
ninguém me prende mais no chão.

Falta só fazer a mala, mas isso é o de menos.
Pois são anos de prática,
afinal não foi de bobeira
que mamãe me mandou pro mundo
logo cedo tão à toa.
Mas ainda antes,
o intermezzo, dessa minha odisséia
a Paulicéia Desvairada me espera,
para um beijo de despedida,
recheada de amigos e folia.

10 maio 2007

chá & cobertor

Estou ouvindo Cold Play, compulsivamente, porque essa banda, meus amigos, combina muito com o frio.
Assim como o chá que tá na minha xícara.
Cadê o cobertor de orelha minha gentem?!?
É apenas isso, e somente isso que falta na minha noite.
Mas o cobertor foderoso da Bolívia vai dar conta por hoje.
Porque meus amigos, apesar das controvérsias e dos que depõem contra a minha pessoa, eu estou sussas. SUSSAS!

Sou apenas uma garota latino-americana, mais uma das milhares das pessoas que na falta do cobertor de orelha encontram outros cobertores para aquecer a noite, uma das noites mais frias do ano, diga-se de passagem. Viva o respaldo da meteorologia.

Mas tudo bem, porque domingo eu me vou. ho ho ho

III Jornada de Estudos em Assentamentos Rurais



Com muito prazer informamos que a "III Jornada de Estudos em
Assentamentos Rurais"
da FEAGRI/UNICAMP e CRBC/EHES
será realizada nos dias 13, 14 e 15 de junho de 2007, na Faculdade de Eng. Agrícola em Campinas-SP.

Att. Comissão Organizadora.

;)

resumo de uma endoscopia

A noite mais fria do ano, até agora.
Chá no bule para aquecer a noite.
Passei um dia meio assim, sedado, frio, jejum.
Dormi, acordei, frio, senti o incômodo da garganta.
Boas novas, minha úlcera está cicatrizando.
Já havia percebido o seu silêncio.
Há muito ela já não dava notícias.
Ela fez as malas.
Desistiu de me fazer desistir dos pecados da vida.

09 maio 2007

a música a qual toda vez que ouço não tenho como não deixar de cantar junto

Não vou viver, como alguém que só espera um novo amor
Há outras coisas no caminho aonde eu vou
As vezes ando só, trocando passos com a solidão
Momentos que são meus e que não abro mão

É... mas tenho ainda muita coisa pra arrumar
Promessas que me fiz e que ainda não cumpri
Palavras me aguardam o tempo exato pra falar
Coisas minhas, talvez você nem queira ouvir
(...)
Vou deixar a rua me levar
Ver a cidade se acender
A lua vai banhar esse lugar
E eu vou lembrar você...

autor.. autor.. humm.... não sei não sei neste momento...
logo logo me retrato.

uma procissão

As velas acesas eram toda a beleza
da procissão que encerrou o dia.

08 maio 2007

dia supimpa multivariado multifacetado mega blaster recheado

O dia foi supimpa e sem intervalos, nem mesmo comerciais.
Nem vi a novela, a cena que ficou congelada o fim de semana inteiro e eu agoniada para saber se a mocinha ia encontrar o mocinho. Isso porque nem assisto novela, logo agora que tava pegando o fio da meada.
Não vi meus amigos, não me perdi por caminhos de estrelas.
Não cumprimentei a Cris na festinha de aniverário batuta, que foi hoje.
Trabalhei, trabalhei, produzi, produzi. Claro nunca é o bastante.
A lista de tarefas da semana ficou um pouquinho menor.
Mas ainda tem muito mais.
Falei com minha orientadora, mandei o trabalho para o congresso, consegui. Meus olhos já não mais viam letras, viam apenas pontos luminosos. Salvei o tal do arquivo, nomeei com o meu RA, bonito isso.
Tantas recomendações por parte dela, acho que foram por água abaixo, amanhã verei as cacas de um texto feito, como quase sempre, na pressão.
Mas acho que tenho chances de correção. (Que sarro, acho que li uma rima, despretenciosa).
Sempre há esperança.
Fui aprovada para o estágio docente, de novo. Semestre que vem continuo a minha saga nos passos da doce docência. Fui chamada de professora, me senti o máximo. Ainda tenho uma pilha de provas pra corrigir. Um dos ítens da lista. Só um dos ítens.
Agora passearei pela Sociologia.. humm...tô gostando muito disso.
Trabalho, trabalho, trabalho.
Descobri que lost vai até 2010.. haja espera.
Amanhã é terça-feira, o grande dia tá chegando.
Garota eu vou pra Califórnia...
E ainda vai ter tanta coisa, vai ter ainda quarta, vai ter muito mais na quinta, uma sexta e sábado.. e............yupi. Vai ter até Sarau, vai ter até visita técnica, vai ter até mais aniversários, vai ter aula, sempre tem.
Muitos outros dias ainda.
Bem, vou abandonar por agora essa vida suburbana blogueira, de ficar fofocando da minha vida.
E amanhã não vou nem passar perto da feira de livro,não vou nem passar perto da feira de livro, nem para dar uma olhadinha, não vou . não vou. não. :(
E o an an an an que fica aqui pertinho do meu coração, só me amassando de saudade.

feira feira feira feira feira


Tem essa tal de feira tudibão, mas eu não vou nem passar é perto pra não cair em tentação. Misericórdia de nós pecadores, livrai-nos do mal..

06 maio 2007

banzo

..porque tem essa saudade que cresce aqui dentro.
Saudades muitas e grandes de rostos, de cheiros, vozes.
Pessoas tão minhas, guardadas em suas moradas aqui dentro do meu peito. que bate e pulsa, que pulsa e bate.
E daí esse sangue envenenado de saudade fica percorrendo e contaminando todas as outras moradas de mim, em mim.
Quanto mais eu corro ou tento fugir, mais rapidamente se espalha.
Tal qual o veneno de uma picada de cobra, ou de aranha, ou do bicho da saudade.

Justo eu, que tanta bagagem acumulei, tantos rostos, tantos lugares, tantas vozes, tantos corações que juntei.
Daí fico assim nesse pulso doído e saudoso, que me aperta a boca do peito, esmaga o fundo do estômago.

Vida listada

Porque eu penso que minha vida é feita de listas.
Listas de atividades para serem cumpridas, de livros para serem livros, de contas para pagar. A lista do supermercado por fazer.
Das famílias para serem entrevistadas.
Lugares que quero visitar.
Dos amigos que preciso contactar.
Lista telefônica para me guiar pelas ruas, pelos mapas.
Listas em cores, grafite, de sabores, listas verticais e horizontais.
A vida em formato listado. Listrado.

05 maio 2007

o começo e o fim

Fico nesse meio..
e querendo saber onde é o começo das coisas.
Por onde se começa afinal?
Como se acha este tal começo de que todos falam?
Não consigo saber e ninguém me deu nenhuma resposta palpável, começável.
Melhor finalizar isso de uma vez. Difícil.

Estou no meio.

04 maio 2007

memorial do meu acúmulo

Às vezes fico fazendo planos, querendo mudar o meu mundo,
inventar um mundo todo novo.
Penso em mudanças, em trabalhos, em paisagens.
Percorro espaços ainda não inventados,
quase nunca olho os caminhos ontem mesmo já trilhados.
Assim me distraio.

Sempre existe a surpresa de se enxergar,
o que há muito quer ser enxergado,
nem sempre digerido, apenas acumulado.
Os acúmulos estão por todos os lados,
passeiam pela minha mesa de trabalho e preenchem as páginas da minha agenda, das agendas. Um memorial do tempo que não mais se redime,
nem mesmo frente ao pôr-do-sol que já não mais vi, fiquei presa na sala atendendo tantas tarefas, que foram listadas verticalmente na folha que ousa dar conta da minha vida, do meu tempo. Tentativas sempre frustradas pela própria dinâmica do tempo e da chuva.

Sobre a dor aprendi que sempre quer quebrar os limites do silêncio, contorce os músculos, revira tudo do avesso como num atropelo. Escancara a angústia de não se saber seus limites, suas fronteiras. Pede ajuda e depois de todo um estardalhaço, esmorece e desiste, ao menos por enquanto, até a próxima visita. E virá.

dast letaras rotcadas

porque a semana foi cheia e meu corpo pede descanso.
Já não responde mais aos meus comandos.
Esrforço me para nçaot trocanr tanto mais as letras.
/e se nção me esforço a digitação fica assim

Vou me esforçar.
Gastar o restinho da bateria, da energia, nem tão duracel assim

03 maio 2007

a casa vazia

A casa está vazia, percebo que vou tomando conta de todos os espaços.
Existe apenas o meu rastro, o meu silêncio e o meu cansaço.
Encontrar você
Morarei ... você
Amarei erguer casas com você.
Espero da janela ter você.

R. M. de Siqueira

02 maio 2007

pic pic

Tenho festinha de aniversário do Theo no sábado,
certamente vai ter brigadeiro, balão, amigos e crianças fofuchas.
Acho que vai ser bacana. Ho Ho Ho
Super Tia Zirila entra em ação!

quarta polar

Nesta quarta ainda com resquícios de uma frente fria pola, eu fico aqui vagando, entendiada, bodiada, lotada de coisa pra fazer, desmazelada, com o coração apertado de saudade.
Vou tomar um banho para ver se desperto para alguma coisa mais excitante e acabo com essa agonia própria dos assim como eu, às vezes ajuda, quase sempre.

meu resumo de um fim de abril

Porque este meu feriado foi um dos mais descansáveis de todos os tempo, não porque eu poderia ter me dado o luxo, mas porque foi a palavra de ordem.
Apesar de ter ensaiado passos de professora todos os dias, exceto domingo. Sim trabalhei, ensinei e como é bom ver os olhinhos brilhantes de alunos brilhantes.
Finalmente coloquei Lost em dia e agora ficarei na espera semanal de mais pílulas na solução do mistério.
Ontem a coisa mais light que bebi foi a água de côco. Fiz estrapolias gustativas, e descobri que o regime me espera a partir de agora, já!
Descubri também que meus ensaios de andarilha terão que ser finalmente praticados, afinal pratique uma hora de caminhada por dia e resolva todos os seus problemas.
E então o tempo que escorre pelos dedos me diz que apenas tenho duas semanas antes de embarcar pra novas aventuras.

01 maio 2007

promessas de um dia assim

Feriado com friozinho e sol.
Bolo de cenoura no forno,
a calda de chocolate já esta esperando o encontro.
Panelas com moqueca já fervilhando na casa dos amigos.
Previsão verpertina de sessão de cinema caseira
com pipoca e chocolate quente.

Fiquei esperando o meu amor passar pelo meu dia,
quem sabe matar um pouquinho das saudades.
Talvez seja a falta de energia,
talvez seja só o espaço vazio
dessa ausência qeu corrói.

30 abril 2007

dos redemoinhos

O redemoinho é para desacomodar as coisas, arranjando o desarranjado, e desarranjando o arranjado.

José Oswaldo Guimarães

25 abril 2007

dos meus sapatos cheios de barro

Cheguei com muitas histórias no bolso, muitas palavras na cabeça.
Um tanto de barro nos sapatos e poeira na mala. Trouxe também mudas verdes de plantas que eu nunca tinha antes visto na cidade. Um outro tanto de planos, projetos e muito muito trabalho, porque ele ainda felizmente é abundante em minha vida, todo dia me afogo um pouquinho nele e é bom esse mergulho.

Muitas coisas foram vistas e pensadas, ainda fica na boca um gosto de amargor e tristeza, que margeia a revolta, mas calo este grito e continuo no trabalho de formiga.

A sobrevivência num campo onde a luta foi e continua sendo palavra que está enraizada neste solo, nestes rostos.
Trouxe comigo o anseio pela chuva e que com ela brote a esperança de uma colheita melhor para eles e para nós.
Na minha bagagem ainda por se desfazer trago o cansaço, mas a alegria de estar de volta ao meu cantinho meio urbano, meio meu.
Cheguei de volta.

Tenho que entrar neste outro compasso.. até a volta.

20 abril 2007

lições sobre a lembrança

Descobri que tem certas lembranças, falo das muito boas, só são boas porque assim o são, lembranças, memórias, páginas viradas. E bem-aventuradas são estas, assim, desta forma.
Daí você tenta sentir o gostinho de novo e descobre que o que já foi não é mais, muito menos há de ser. E daí nessa tentativa, consegue estragar esta lembrança que era muito boa, digo quase top de linha.
Ficou ruizinha e só piorou com o olhar das fotos.
Virou pesadelo, um pesadelo preso eternamente no passado, sem possibilidade de mudança num futuro, quiçá quase presente.
Mas tudo bem, já passou.
Só não sei se eu aprendi a lição.
Espero.

meu encontro com a moça das lentes azuis

Fui ver a moça que me vê através de lentes azuis, ela disse que essa minha ansiedade é algo normal no meu tempo, no meu estilo e ritmo de vida. Se fosse diferente aí sim seria algum denotador de problema.
Essa minha ansiedade, essa que me faz embirutar e querer engolir o mundo não tem nada de patológica, então eu acato arredia. Melhor assim pois de patologias já bastam as residentes.

E o mundo roda roda, gira gira.

E eu vestindo a saia rodada é algo bonito de se ver.

Olé!

18 abril 2007

do café que ficou pronto enquanto eu escrevia este post

Fui fazer um café logo ali no cômodo ao lado, um chamado cozinha.
Tomar um café é sempre bom pra tomar uma coragenzinha pra enfrentar a vida. Uma ótima bengala, que seja.
Mantenho e cultivo esse vício do bom aroma até que minha gastrite não reclame, e bebo com moderação ou com exagero, dependendo dos dias e da vontade.

Porque meus fios de Deus, eu poderia estar por aí matando, roubando, caída nas drogas, mas me contenho com minhas zirilações e uma boa xícara de café.

Assim mantenho, tento, a minha sanidade mental. ho ho (que bonito isso)
Tá tá.. não só isso pois o verbo zirilar contém muitas coisas, contém tudo, contém eu. E foi presente, só meu. Pois não conheço nenhuma outra zirila por aí.
A ignorância é uma bençã.

desafio do dia, de todos os dias

Deixa eu ir ali no outro lado da cidade tentar salvar o mundo.

Sempre disfarço dizendo que tento salvar o mundo, na verdade quero me salvar, e no caso de nessa "grande missão" falhar, tenho uma boa desculpa pois não é qualquer um que se habilita a salvar o mundo. Nem que seja o seu próprio mundo.
Talvez seja até mais difícil. Vou descobrir, deixa eu ir ali. Será? Fica o desafio coberto de incertezas.

E assim os dias passam turbulentos e coloridos, porque sempre são coloridos e turbulentos. Os meus são assim. Sempre, de um tanto que quando calmos desconfio.

fase ina

acho que eu é que estou com baixas de endorfinas, serotoninas .. todas as inas.
quero sair voando por aí, dormir até doer o corpo e ficar na doce inconsciência por algumas horinhas.
será que dá?

17 abril 2007

uma pancada, alguns arranhões

e as dúvidas e incertezas de um futuro junto habitaram o cenário.
Veio então o medo e a tristeza. O buraco ansioso dentro do estrombio empurrava lágrimas que já não mais caiam.
Alguns pequenos planos e sonhos cuidadosamente cultivados, filhos únicos, deram de cara com um poste.
Os primeiros socorros ainda não chegaram, a pancada dilacerou um pouco o músculo cardíaco que bate descompassado. Os danos estão ainda sob observação e uma reavaliação do paciente será realizado no próximo turno. Não se sabe ainda se o trauma será irreversível.

ps. Acho que eu li muito aquele manual sobre direção defensiva e primeiros socorros.

de dona de casa à motorista de segunda viagem

e daí que nesse meu caótico mundo e nestes dias, hoje fui fazer a tal prova pra provar que sou capaz, ainda por incrível que pareça, de dirigir os tais veículos automotores.

Acordei cedo e comecei a ler o tal livrinho que ganhei da moça do Poupa Tempo que foi com a minha cara e me facilitou a vida. Claro que no meio disso lavei a louça, paguei contas, abri a porta pro homem da luz, escolhi feijão, cozinhei feijão, fiz pão, assei pão, uma verdadeira dona de casa.
E, de certa forma, fui criada para tal, lembro-me claramente de minha mãe me ensinando a como limpar bem vidros (e eu era muito boa nisso), lavar banheiro (eu sempre adorei e ainda gosto do tal serviço) e por aí vai.

Fiz a prova, acho que fui bem, fiquei em dúvida apenas em duas questões, admito. Logo após o término da prova fiz questão de tirar dúvidas com o fiscal presente, o qual após um titubear me respondeu, mas não me convenceu. Foi engraçado ficar em uma sala cheia de marmanjos. Pediram-me cola.. e eu facilitei a posição estratégicamente da minha prova para o bem geral da nação.

Acho que fui bem, espero ter cumprido o meu próposito.
Semana que vem saberei do resultado.
Prometo contar pra vocês, com a esperança de ter notícias felizes para mim e infelizes para todo o resto do trânsito mundial. ho ho ho . Será mesmo?

13 abril 2007

el gato preto

A única coisa que marcou ludicamente a minha sexta-feira 13 foi um gato preto atravessando meu caminho, porque de fantasma, meus caros, não tenho medo não, muito menos de gato preto, mesmo que seja em uma sexta 13.
Brindemos ao que fica, o que é e está, porque o que foi, não é mais.

o riso e a brisa

Um fim de tarde em meio a tanta coisa, após um dia de agenda cheia, mesmo que o dia não tenha terminado, tem uma brisa fresca batendo no meu rosto e mexendo com as folhas das árvores. Gosto deste barulho de folhas, gosto de fins de tarde, gosto ainda mais de uma sexta-feira.

Engraçado o fato de ser hoje uma sexta-feira 13, que por enquanto, e que permaneça assim, não mostrou muito de seu lado sombrio e que não mostre.
De sombrias já bastam tantos acidentes de percurso, as lágrimas derramadas, ou os contratempos próprios da vida.

Foi um dia cheio (porque dias de labuta são geralmente cheios), é e será ainda, mas fica apenas uma alegria contida brindada por essa brisa que insiste em brincar com os cachos dos meus cabelos.

Peço licença, acho que vou ali ver o fim do dia e andar com a brisa.
É só essa felicidade que não mais se contém que precisa passear um pouco.

12 abril 2007

No we're never gonna survive, unless...we get a little crazy

os dias sedentários estão para acabar

Nestes dois últimos dias visitei todas as academias de Barão.
... porque diga aí, é uma delícia ser tratada como uma princesa, ver planos e possibilidades, ver toda a agenda de aulas oferecidas, brincar de escolher preços e planos.
Enquanto isso, neste exercício de escolha, apenas fico vendo os outros se acabarem de exercícios.

Você do alto de seu salto e roupa de veraneio em uma academia, se limita a sonhar e/ou planejar um futuro de corpo sarado e sonhar sobre o quanto você realmente vai se dedicar ao suadouro matinal, vespertino e noturno, todos os dias, todas as semanas, durante todo o um ano de plano de adesão que, é claro, você comprará por ter mais descontos e inclusos dias de férias.
Sim, porque se vc compra planos de "alta fidelidade" você tem direito a até 60 dias de sedentarismo sem culpa.

Eu ainda não escolhi, fico apenas me auto-desafiando a andar ou quem sabe pretenciosamente correr todas as manhãs no campinho da quadra de baixo da minha casa, nem que seja apenas por um mês, antes de comprar o passaporte mágico do corpo sarado e vida sem culpa.
Comprei até um tênis para esse grande feito na minha vida. Pergunte-me quantas vezes fui..
recuso-me a responder.

Mas amanhã.. amanhã cedo tenho outra chance de mudar meu destino, e começo. ho ho ho
Nem eu mesma tenho mais crédito comigo mesma, principalmente.

Será que algum dia descobrirei se Giozin tem razão sobre a endorfina?

10 abril 2007

o assassinato da taruíra

abrindo a porta da cozinha pisei e esmaguei a taruíra.
senti o crec, olhei o chão e a vi agonizante rodopiando pela lajota.
partes vicerais destroçadas foram lançadas, meio que pinduradas pra fora do torso (se assim se pode chamar) da bichinha.
Ela parou. aquietou-se eternamente.
houve sangue. nunca imaginei que taruíras, vulgo lagartixas, tivessem sangue.

um pavor escancarado subiu pelo estômago.. e.. argh..
em meio a gemidos quase inexpressíveis (gostei dessa, só não gostei de ter que vocaliza-los, afe eu to precisando de uma cama, tá phoda isso aqui, mas vai.. mais um pouquinho de paciência de vocês leitores, se há? sei que tem uns persistentes, mas tenham esperança)
lancei o que restou, os destroços para fora.
e fui lavar meu pé.. muito bem lavado. aliás tomei todo um banho novo.

matei a taruíra, esmaguei.

ps. sim, eu estava descalça, não sei o que foi mais nojento.

meu caos meu eu. eu

porque então, meus caros, eu fico passeando pelos papéis desordenados que se acumulam em minha área quase plana de trabalho, e me confundo, me perco, saio do ritmo.
daí.. , vou para a caixa de emails e quase tenho vontade de chorar. tento apagar, organizar, quiçá responder. não dá.
Faço listas infinitas em papéis com tinta azul, vermelho, preta e lápis grafite.
risco, rabisco, rascunho, passo a limpo.
arquiteto engenhosamente planos mirabolantes de ação eficaz e/ou eficiente.

Não consigo, não consigo.
meu pseudo-mundo está do jeito que gosta, em equilíbrio, o dele.
e eu, agoniada e alvoroçada, meu desequilíbrio, meu caos, meu eu. eu.

e assim continuo na minha labuta contra mim mesma, a perseguição infinda de sair desse estado latente equilibrado que tanto rejeito.

ui, desisto dessa pilha por hoje. ao menos hoje.
fico apenas com a pilha de idéias que me excitam o cérebro e me fazem escrever, ver, er.

-Próximo!!

09 abril 2007

sitting next to you

e ficaram naquele namoro só
saudades apertadas, quase esganiçadas dentro do peito
sonhos e planos de um futuro todo incerto, mas possível
apenas sentados um ao lado do outro
a companhia, regada a vinho tinto e beijos.
e tudo o que advém de uma saudade que jazia e fermentava por toda uma vida.

E em seu português raro dizia, mandando às favas a regência ou concordâncias
Meu amor, boa noite, dorme bem.

Quem é essa agora?

que dentro de mim me assusta e me atrai
sorrateira ela sou eu,
ou alguma sombra
que me segue como bicho,
rastejando nos calcanhares da minha alma
lá está, lá está,
sabe tudo,
faz tudo,
eu sou apenas uma ferramenta
garganta pela qual
ela chama, chama, chama

Lya luft

...

Eu sei que atrás deste universo de aparências, das diferenças todas, a esperança é preservada. Nas xícaras sujas de ontem o café de cada manhã é servido. Mas existe uma palavra que não suporto ouvir, e dela não me conformo. Eu acredito em tudo, mas eu quero você agora. Eu te amo pelas tuas faltas, pelo teu corpo marcado, pelas tuas cicatrizes, pelas tuas loucuras todas, minha vida. Eu amo as tuas mãos, mesmo que por causa delas eu não saiba o que fazer das minhas. Amo teu jogo triste. As tuas roupas sujas é aqui em casa que eu lavo. Eu amo a tua alegria. Mesmo fora de si, eu te amo pela tua essência. Até pelo que você podia ter sido, se a maré das circunstâncias não tivesse te banhado nas águas do equívoco. Eu te amo nas horas infernais e na vida sem tempo, quando sozinha, bordo mais uma toalha de fim de semana. Eu te amo pelas crianças e futuras rugas. Eu te amo pelas tuas ilusões perdidas e pelos teus sonhos inúteis. Amo teu sistema de vida e morte. Eu te amo pelo que se repete e que nunca é igual. Eu te amo pelas tuas entradas, saídas e bandeiras. Eu te amo desde os teus pés até o que te escapa. Eu te amo de alma para alma e mais que as palavras, ainda que seja através delas que eu me defendo, quando digo que te amo mais que o silêncio dos momentos difíceis, quando o próprio amor vacila.

Maria Bethânia recita em sua gravação no cd Maricotinha

de quem é esse texto?

imagens de uma noite muito maneira



o começo do fim da noite, a sempre presente molha goela.


Seguido de caldinho de Sururu.. hummm....


E no fim de tudo, no fim de tudo. Uma caixa de música pra lá de especial, que foi centro das atenções e comandante dos passos que deslizavam pelo salão do Beto.
E depois de ter acabado a cerveja,
que não estava muito católica,
quase morna, fomos pra casa.

a visitante




entre as vindas e idas, passeios descompromissados e comilanças.

fez-se assim o dia.

a continuação da história

ah! porque o começo foi bom, mas o depois foi melhor ainda.
O final.. humm.. não teve final.
Uma história ainda sem final previsto.
quase sem fim, oxalá.

o início

Pense um uma viagem a um lugar que você gosta muito.
Chegando lá tem como recepção de chegada um belo e querido sorriso.
Depois muitos outros sorrisos e abraços. Flashes, holofotes.
Papo bom. Uma grande festa.
E teve a dança, bebidas e comidas que nutrem a alma e o sorriso.
Abraços, boa companhia, vista pro mar e as estrelas.

Isso foi só o começo.

08 abril 2007

surpresas

porque quando achamos que de um mato não sai mais nem lebre ou vida, sopra o vento e então tudo muda, do tal mato sai um leão, sai um trapezista, sai o circo todo.
Uma alegre folia colorida esfuziante.

A música canta e o sorriso se espalha pela multidão.
Não há nada que confunda o brilho ou amargue o gosto.
Não há.
E então percebe-se que todas as dores e securas do tempo, apesar dos pesares amargos e doloridos, valem a pena, o suor, a lágrima.

A bailarina dança, a vida sorri.

05 abril 2007

cinco de abril

No dia do aniversário do homem que me ensinou a ser um pouco do muito que eu sou, o homem que me deu o formato dos meus dedos nos pés, o tempo fica nublado, o sol não brilhou de saudade. As lágrimas não caem do céu, fica apenas esse ar pesado e a vontade de chover.

O som do barulho do martelo intermitente, dos carros, de serras.
Pelo quadrado da janela vê-se a serra e prédios abandonados.
Fica apenas essa ressaca, o mormaço e o quente de dentro da gente.

Vou ali
no quarto ao lado me despedir.

02 abril 2007

qualificada


Deixa eu ir ali no bar bebemorar porque agora sou uma pessoa QUALIFICADA!

Fui aprovada..

Agora vamos ao bar.. e à vida, que continua feroz!

romantismo súbito

É que estou meio musical, um pouco apaixonada e muito ferrada.
Mas encontrei esta música, consegui me sentir fazendo algo romântico, ou quase.
Precisava apenas ter coragem de mandar para o bem amado (evidentemente algo que ainda não fiz, acho que vou é mostrar para a minha banca examinadora, hoje.. logo.. em breve, acho que eles vão curtir).
O profundo stress e turbulências podem, sim, fazer com que as pessoas evoluam romanticamente e acadêmicamente, ao menos tentem. Viva a resiliência do ser humano, de Zirila!
Tive meus dias azuis, agora tenho os meus dias de espera rosa incontida.
Com vocês, a voz de fundo, da minha noite, enquanto me preparo para a qua-TUM-li-TUM-fi-TUM-ca-TUM-ção-TUM-TUM-TUM!



Bem romântico, não acham?
Gostei

** Ah.. a bela moça cantante chama-se Lizz Wright, música Eternity...

01 abril 2007

e no dia da mentira um bom conselho

Ouça um bom conselho
Que eu lhe dou de graça
Inútil dormir que a dor não passa
Espere sentado
Ou você se cansa
Está provado, quem espera nunca alcança

Venha, meu amigo
Deixe esse regaço
Brinque com meu fogo
Venha se queimar
Faça como eu digo
Faça como eu faço
Aja duas vezes antes de pensar

Corro atrás do tempo
Vim de não sei onde
Devagar é que não se vai longe
Eu semeio o vento
Na minha cidade
Vou pra rua e bebo a tempestade

Chico B.

momentos felizes antes do enforcamento

Enquanto deveria estar lendo coisas do presente, perdi-me deliciosamente neste fim de noite de sábado, em coisas do passado de Gio.

Arrematando ainda este momento com Paulinho da Viola em um sambinha da moléstia.

Ame
Seja como for
Sem medo de sofrer
Pintou desilusão
Não tenha medo não
O tempo poderá lhe dizer
Que tudo
Traz alguma dor
E o bem de revelar
Que tal felicidade
Sempre tão fugaz
A gente tem que conquistar

Por que se negar?
Com tanto querer?
Por que não se dar
Por quê?
Por que recusar
A luz em você
Deixar pra depois
Chorar... pra quê?


Diga aí.. dupla dinâmica das melhores para dar aquele despejo a qualquer tristeza inquilina.
Amanhã ... eu me acabo e me esfarelo toda suando meu próprio sangue e desespero. Qualificação.. Qualificação.. Qualificação.. Qualificação.

31 março 2007

fim de noite uma volta de bicicleta

e uma pausa de uma hora entre os queridos amigos.. os de todo dia.
Um telefonema + carinhos e afago + aviões do forró + cotidianos + futuros planos.. e bobagens. Saí nova em folha andando protegida pela lua quase cheia.

Agora vamos à qualificação.

saudade na selva

e ás vezes me dá tanta saudade de um moço que fico querendo ouvir aquela música que ele colocou no rádio do carro daquela vez, como se assim eu pudesse trazer pra perto novamente aquele sorriso e o brilho dos olhos ao meu lado.
Fico querendo escrever coisas românticas e revendo as fotos já tão gastas de tanto que foram olhadas e olhadas.
Não sei ser muito romântica, acho que tenho medo de derrerter-me e perder-me pelo ralo para sempre.
Então fico aqui pensando nele, pensando e pensando. Chamando pelo vento.
Será que ele vê a mesma lua que eu vejo?
eu vejo e nele penso.
o coração tá apertadinho querendo urgente esparrar-se no colo dele.
acho que eu gosto dele.
acho que ele de mim.
Mim Jane, ele Tarzan.
Surdade absauda
São as águas de Março fechando o verão.

tempestade cerebral

e assim vou despejando esses pedaços de mim, ora coisa boa, ora coisa feia...
Hoje ouvi que tenho a síndrome do patinho feio..
Oras bolas.. acho que tenho mesmo.

Pato é um prato na culinária extremamente caro.. e delicioso.
Já comi nas minhas andanças.

Preciso aprender a passear pela vida, a moça das lentes azuis já dizia.

Confesso que neste segundo estou tendo uma tempestade de pensamentos e estou um tanto quanto confusa. Cansada.
Mas preciso voltar ao trabalho....pra dormir, para trabalhar, pra trabalhar, pra trabalhar e quem sabe dormir pra trabalhar.
Quero o paraíso.
E até o que chamo de paraíso me pareceu um pouco mais distante hoje. Greve dos controladores de vôo. Nem se quiser voar eu posso...
AÊÊÊÊÊÊÊÊ!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

tá ruim mas tá bom

porque sempre quando está ruim, pode piorar. Claro.
O caos se instalou no meu momento e está difícil dar o Olé no bicho.
Under pressure. Tô que tô uma panela de pressão, e o tempo, o meu, vai escapando pelos meus dedos e sai saltitante dando gargalhada, rindo maquiavélicamente da minha cara.

A moça que me vê através das lentes azuis cancelou nossos encontros, pediu licença médica.

Existem limites para a fundição do ser humano? os mais católicos e mais atentos que me perdõem o uso de palavras de baixo calão, mas tem hora, tem hora, que as pernas se cansam de tanto o andar, o corpo já não responde e as palavras que sempre estão ali quietinhas à espera de serem modificadas se empilham em estantes ou qualquer que seja a superfície plana.

As tais ites do istômiguinho cantam, a comida mal para por lá. E pra contar com a astúcia da natureza, obviamente visitas inesperadas de um tal de período feminino repleto de cólicas e todos os incomôdos pertinentes à época chegam de mala e cuia. O calor, este continua onipotente e onipresente. Faltam apenas os pernilongos para indicar realmente o atual local que poderia ser este endereço de vida atual, porque inferno que é inferno tem sempre esses bichinhos e dos mais sedentos e miseráveis, incansáveis.

Mas peraí.. é hora de dar remédio.

E qualé o remédio para a minha vida?

Será que vou passar no teste? Será que dou conta?
Tá punk funk como non me gusta.

Mas como diria uma amiga minha.. tá ruim mas bom, tá bom mas tá ruim..

E continuo com esta latente sensação de estar sempre atrasada para a minha vida. Atrasada, pósmatura.

30 março 2007

e nesses dias..

Outras lutas estavam apenas começando a tomar forma, haveria de estar de prontidão.
Tinha logo a sua frente tanta luta a ser encarada de peito aberto, cara lavada, sua luta.
A eterna luta. Metade da luta. Lutas nunca são inteiras, sempre são aos pedaços, mas nem sempre homeopáticas.
Importantes passos, importantes obstáculos a serem ultrapassados.
Ela tinha a seu favor longas e fortes pernas, e corria ofegante em direção das barreiras e contra o tempo que ticava sem piedade sempre no compasso voraz dos tempos que eram modernos, corridos, atemporais.

Precisava descansar, por isso logo após a batalha partiria ainda com as mãos sujas de sangre* para terras distantes, desconhecidas em busca de outros tantos queridos.

Ela ainda esperava impacientemente, que fosse logo, reclinar a cabeça em colo amado. Seu peito estava moído de saudades do moço que mandava pensamentos e carinho dentro de garrafas jogadas no Oceano Atlântico. . Mas o moço.. o moço, a saudade descompassava o bater de seu coração.

* homenagem a minha bisa espanholita que assim se referia à palavra tão já escancarada.

o retorno da guerreira após a primeira grande batalha, deste ano

Após anos, meses, dias e nove horas de esperas infames.
Tanta dor, sangue e um grande corte fechado por muitos pontos.
Tanta gente, cansaço, medo. Solitude. Medo. Dor. Medo.
Saiu finalmente do campo de batalhas, veio pra casa onde continua a sua luta mas agora em ambiente conhecido, aconchegante, familiar.
Voltou pra casa, ao deixar o local tão doído lágrimas encheram os meus olhos.
Ao chegar em casa as lágrimas preencheram os dela.

Ainda fica essa vontade latente, uma emoção contida, tamanha.. quase do tamanho de mim, de chorar por tristeza, alegria, cansaço, descanso.
Mas aquiete-se agora, durma aqui do meu lado, descanse, pois estamos em casa. Nossa casa.
E é muito bom ter você de volta. Muito bom.
...E os meus olhos se enchem de lágrimas, minhas lágrimas.

28 março 2007

Trago-te minúcias de quintalim e cocorico de galo (...)

os restantes de velhas cidades desmanchadas

o cheiro da flor em tempos de noivado


Ruy Proença

26 março 2007

pausa

uma trégua, foi para casa.
apenas uma tentativa de se ter uma noite bem dormida
o silêncio atordoa e então ligou a tv pra lhe fazer companhia.

tão cheia que se sentia vazia.
talvez fosse só o cansaço, divagações, alucinações ou delírios.
Talvez não tivesse sentido e por isso mesmo tizesse todo o sentido.

21 março 2007

meu obrigada

A alegria chegou embrulhada dentro de um envelope da cor parda, com o meu endereço escrito com uma letra de mão toda redonda, uma letra de moça, quiçá uma escritora.
Dentro deste envelope havia um outro envelope cuidadosamente dobrado que continha um pacotinho transparente com 10 unidades de alegria multicores brilhantes caprichosamente arrematados com um laço verde.
Uma alegria toda junta, bonita de se ver.
O sorriso escapoliu sorrateiro pelos olhos e lábios, pela alma.
Permanece sorrindo até agora, quando ainda restam nove pedacinhos, pois um já cumpriu sua função, beijou a alma e abraçou o coração.
Um brinde aos encontros de alma e a amizade nova, e que seja sempre fresca, coisa boa, cor brilhante. Assim e mais ainda.

20 março 2007

da minha colheita

Já nem ouso ou me atrevo a pensar em caminhar por terras áridas, me arrepia a alma. Logo agora que na minha plantação começa a ter sinais de brotos verdes túrgidos.
A chuva tem regado e creio que a colheita será farta. Sempre há a expectativa de como será a colheita ou mesmo se haverão frutos, mas uma coisa é certa, o solo é fértil e a semente é boa.

19 março 2007

sonhos de tata

Zirila zirila....
sonhei que vc ia se CASAR!!! A gente tava num barracão, uma galera, eu vc, Dani, umas meninas que nunca vi...a gente tava te arrumando pq vc ia CASAR...eu fiz sua unha, Dani arrumou seu cabelo, uma que eu nunca vi na vida passou creme, fez massagem..parecia um dia da noiva, sabe ...

mas só ficou nos preparativos....não consegui ver vc de noiva...ai ai ai...
mas vc tava muito feliz!
e a gente tbém!

achei divertido isso

"prefessora"

Tem dias que chego em casa, assim, com aquele gostinho de missão cumprida, aulas bem dadas.
Percebo pelo olhar do outro, olhos fixados em mim, um sorriso no canto da boca e uma vontade de ficar. Somente me resta o gostinho de que fiz minha parte e não deixei a desejar. Nestes dias gosto de ser professora. Nestes dias fico feliz.
O bom desta coisa é que dou aula todos os dias, quase todos, exceto domingos, sextas e feriados.
Acho que estou levando vantagem nesse negócio aí.

Wo sind Narilu?

Du fehlst mir.

la viaje



E no mapa de uma futura viagem, as cidades marcadas até parecem próximas, cabem dentro de uma folha de papel, dentro de um livro, um guia, uma página.

do cansaço à farra

Tenho estado cansada, mas um casaço daquele tipo, sabe quando começa a ver um filme e depois de dois minutos aquela moleza toma conta? Não lutei contra o sono, me entreguei ao sono gostoso de um domingo a tarde de chuvinha largado em um sofá macio, o meu sofá.
Um misto de cansaço, velhice, idade, falta de ferro no sangue, frente fria e garoa.

Fui interrompida por um telefonema, que me despertou desse soninho. Foi requisitada a minha presença, por alguns momentos desejei ser uma pessoa esquecida pelo tempo, pelo mundo.

Levantei a carcaça e como que simplesmente respondendo a um chamado fui.

Fui saudade alegremente por tantos amigos. Joguei o tal do boliche, apenas o suficiente para sentir e descobrir um músculo existente no meu ante-braço que insistiu em dizer que esta lá nestas últimas 24 horas. Divertido, joguei pouco, quase ganhei a rodada. Sorte de principiante. Briguei com um tal de taco, numa outra estranha sinuca. Perdi. Cantei "O amor e poder" de Rosana, aquela música da infância, da minha, e mandei bem no karaokê. HO HO HO. Os espectadores neste momento tiveram direito até a coreografia.

Todos cantaram, cantaram, riram, cantaram, dançaram, comeram, beberam, cantaram, conversaram, namoraram, aram aram aram...

Foram momentos felizes, momentos onde nada mais importava. O que nos restava era apenas a grande farra da dança, dos strikes, das bolas brancas encaçapadas, do canto, do riso, da amizade.

Por algumas horas tudo foi esquecido, até o cansaço.

18 março 2007

domingueira

e vamos logo ali trabalhar, afinal hoje é um chuvoso, nublado, encantado domingo.

15 março 2007

antes de dormir

fico me achando com essa falta de criatividade soberba, sem graça e sem sal.

mas daí depois de boas conversas, com a moça linda que se aventura em terras que um dia haverei de conhecer, o sorriso se estampa no rosto novamente, e fica uma boa sensação, fica uma coisa boa que não sei explicar.

é possível ponto finalizar?

..porque às vezes as coisas não se resolvem do dia para a noite. Apesar de eu ter essa tendência sagaz em querer explodir, resolver, esmigalhar, passar a limpo, botar os pingos nos is, saber o veredito, saber a verdade, que seja nua e crua. Fechar as histórias, dar fim. Nem tudo funciona no ritmo que queremos, isso todo mundo e até os mais céticos estão se coçando de saber.

.. deixar o tempo, e a água da enxurrada tomar seu rumo, deixar o tempo fechar as machucados, que por mais que tentemos cutucar, uma hora fecha, o dia passa.
A chuva vem, vai, seca o chão e daí começa tudo de novo.
Basta ao dia o seu próprio mal, como desde pequena aprendi daquele livro de capa preta.
E na maioria das vezes as coisas por si só se resolvem, sozinhas, sem interferência. Cada dia resolve-se pelas horas. As horas passam e não temos o controle disso, nem de nada.
Acho que no fim a graça de tudo está exatamento nisto, está no que lutamos contra.