30 novembro 2006

vivo o constante medo de que as pessoas vão embora. elas sempre vão. a generalização, esta me atormenta.

e em tom de chorinho ouvi esta canção.. e só aí fez todo o sentido.

Lithium - Nirvana
Versão por TrashPour4

I'm so happy. Cause today I found my friends.
They're in my head. I'm so ugly. But that's ok.
'Cause so are you. We've broke our mirrors.
Sunday morning. Is everyday for all I care.
And I'm not scared. Light my candles.
In a daze cause I've found God.

I'm so lonely. And that's ok.
I shaved my head. And I'm not sad. And just maybe.
I'm to blame for all I've heard. And I'm not sure.
I'm so excited. I can't wait to meet you there.
And I don't care. I'm so horny. But that's ok. My will is good.

I like it. I'm not gonna crack.
I miss you. I'm not gonna crack. I love you.
I'm not gonna crack. I kill you. I'm not gonna crack.

achei bonito, muito. só isso

infortúnio

Seios túrgidos e doloridos, apesar de lindos, redondos, despontados.
Corpo que lateja, uma pessão interna, externa, o mundo se debruçando sobre meus ombros.
Quase um empanzinamento da vida. Humor como em um show de horrores. Circense.
Uma falta quase matadora de algumas e muitas coisas.
Privação latente e latejante.
Vontade de comer um não sei o quê.
Os hormônios influenciam, sim, o estado das pessoas.
Não é balela não. Acredite, por favor..
e me afaga os cabelos, enquanto libero um choro, um choro sem motivo motivado por toda a calamidade que permeia a existência e a inexistência.
Deixa eu deitar no colo e pensar que estou segura, distante do cotidiano que confunde, esfumaça e abrilhanta a beleza do dia.
Que venha a regra e acabe mais uma vez com essa desgraça que agora é pública.

Aurora


e no meu calendário, vejo uma bela moça, chamada Aurora. Nua e macia. Toda linda, toda fresca. Convidando os transeuntes a recostar a cabeça neste colo abnegado e convidativo. O que Michelangelo pensava quando assim a formou? Já tenho quase certeza..
Qual a relação da subordinada relativa de cunho geral, tem a semântica, trema-rema, subordinada principal, P1, oração, recíproca verdadeira, condições e contradições, coordenadas, causa e efeito, insubordinada, ponto de vista semântico (olha ele aí de novo), estrimente formal, conjugação que coordena ou que subordina, restrição. Discurso. Verborragia. Odeio.

Junte tudo isto ao estudo da língua Alemã...essa foi minha aula de hoje.
E o professor ainda finaliza o momento,(sim amigos, porque isso foi apenas um momento.. muito mais viria por ali) dizendo que isso é entrar no rubicão, pra chegar à fluência tem que atravessar o rubicão.. Acho que nunca mais vou sair dele, vou me afogar.

Não é a toa que estou tomando como verdade em minha vida um sábio dizer.. que disseram por aí.
Uma vida não é suficiente para aprender alemão.

26 novembro 2006

e das rodoviárias

mesmo sendo uma pessoa rodada, já alguma quilometragem percorrida pelos mapas e fronteiras. diferentes continentes, diferentes lados do globo, diferentes línguas, culturas, formas, situações e meios de transporte.
Definitivamente odeio rodoviárias.

linhas imaginárias

Hoje passei pelo trópico de Capricórnio.

24 novembro 2006

e de cecílias

Não te aflijas com a pétala que voa:
Também é ser, deixar de ser assim (...)
E por perder-me é que me vão lembrando
Por desfolhar-me é que não tenho fim.

Cecília Meireles
De repente se encontrava perdida.
Sem saber do presente, sem saber do futuro.
Não poderia criar planos, apenas o esperar do tempo, que passava, tão lento como o gotejar de uma torneira mal fechada, esperando o momento certo, talvez, chegar.
Encontrar, achar, para isso procurava.. procurava há algum tempo.
Queria ser encontrada.
Buscava o calor, o aconchego de um abraço, o abraço encaixado.
Não sabia de nada e sentia-se perdida nessas ruas, talvez não tão amigáveis.
Mas ousava pensar que além do muro existia um lugar, um lugar a ser visitado.
Queria poder pular o muro, mas esperava que abrissem o portão.
E o homem parecia já vir abrir.

22 novembro 2006

ai que vontade


Acabo de descobrir que Amyr Klink, o cara que durante toda a minha adolescência e adultescência me inspirou, lança mais um livro.

“Linha D’Água – Entre Estaleiros e Homens do Mar”, Cia das Letras.

Tenho a lembrança viva de quando li seu primeiro livro, tinha então meus 13 pra 14 anos de idade, ainda nunca havia desbravado nada.
Devorei em uma sentada e me sentia como se estivesse com ele no barco.
No mesmo barco...desde então me apaixonei por suas histórias, sua leitura e escrita sobre o mar.

Desde então caminho pelas linhas por ele escritas e recomendo...
Cem dias entre céu e mar (1995), Paratii: entre dois pólos (1992) e Mar sem fim (2000). É autor ainda de As janelas do Paratii — 112 fotos (1993), este apenas passou pelas minhas mãos.. ainda não tive a honra. Mas terei alguma hora.. algum momento. Tenho fé. ho ho ho

Fica a feliz notícia.. e o meu compartilhar das coisas boas da vida.

o primeiro vestido

O modelo havia encontrado na revista, lindo, cor lisa, como se tivesse sido idealizado pra ela. Percorreu todos os passos, a modelagem, o corte, e o juntar das partes.
Ela ficava com medo, não queria de forma alguma estragar, de certa forma perdeu toda a antiga desenvoltura que mostrou no costurar da primeira blusinha de chita.
Chita não bota medo, o colorido não dá uma cara séria.
Esse não, esse era de cor preta e de viscose, e era pra ocasiões de muita importância.
Teve medo, mas terminou seu grande e segundo feito.
Ficou lindo e perfeito, pra ela, nela.

outra das minhas músicas preferidas de todos os tempos

porque a música e letra são lindas.
porque gosto de Ana Carolina, da voz, da figura, do canto.
porque gosto muito dessa combinação.
porque é uma das músicas que nunca me canso de escutar.
repetidamente, frenéticamente
quase como que querendo-me tornar parte dela.




Beatriz - Chico Buarque/ Edu Lobo

Olha
Será que ela é moça
Será que ela é triste
Será que é o contrário
Será que é pintura
O rosto da atriz
Se ela dança no sétimo céu
Se ela acredita que é outro país
E se ela só decora o seu papel
E se eu pudesse entrar na sua vida

Olha
Será que é de louça
Será que é de éter
Será que é loucura
Será que é cenário
A casa da atriz
Se ela mora num arranha-céu
E se as paredes são feitas de giz
E se ela chora num quarto de hotel
E se eu pudesse entrar na sua vida

Sim, me leva para sempre, Beatriz
Me ensina a não andar com os pés no chão
Para sempre é sempre por um triz
Ai, diz quantos desastres tem na minha mão
Diz se é perigoso a gente ser feliz

Olha
Será que é uma estrela
Será que é mentira
Será que é comédia
Será que é divina
A vida da atriz
Se ela um dia despencar do céu
E se os pagantes exigirem bis
E se um arcanjo passar o chapéu
E se eu pudesse entrar na sua vida

17 novembro 2006

Bora lá..

mas como sempre existem amigos que ajudam no processo de abstração, divagação, e etanolização.. o que for. Isto! pra tudo, pra qualqueira.
amigos pro que é dado, pro que é vindo..
amigos..
vou correr pro colo deles. :) dos meus de todo o dia.

isso me deixa sorrindo.

cortando as raízes

e pelas mazelas da vida, a sua vida, a tesoura, sua arma, se torna seu próprio algoz.
O espelho, a tesoura, as lágrimas derramam-se com os cachos, pelo chão do banheiro.
Auto-flagelo, uma mudança significativa, como se fosse capaz de cortar seus problemas, seus vícios, seu cotidiano.
A esperança de aliviar o peso dos cachos que insistiam em encaracolar.
Descorçoada, bota seu lenço, o mesmo lenço que dera o nome de cigana.
Quisera ela realmente ter a sabedoria e os desprendimentos dos ciganos.
Esconde-se toda debaixo dos óculos de sol.
O lenço e os óculos eram sua proteção.
Segura saiu desenfreada a andar de bicicleta pelas ruas de sua vida, que ela tão bem conhecia e tentava fugir desesperadamente.

pode passar vontade sim.. esse já acabou.


E tem gente que tem a pachorra de odiar gratuitamente a bela Argentina.
Dois dos meus melhores amigos, Seba e Marco, homens e pessoas lindas, são de lá.
Daí tem também o Astor, tem o tango, tem o charme de se tomar um café no La Recoleta, me diz?? Tudibão.
Olha que estou sendo econômica na minha listagem.
E ah.. o melhor.. aqueles pequeninos pedacinhos de prazer extremo.
ALFAJORES. Porque não existe igual, em nenhum outro lugar do mundo, além dos Hechos na Argentina e olha que sou rodada.
Thata obrigada pela encomenda.

e pelo pouco falar e pelo pouco escutar

e já que uma saída para longe da rotina e dos vícios cotidianos é muito bem-vinda.

Canto para que os males todos se espantem, pantem, cantem.
XX Encontro Villa-Lobos de Canto Coral
Estarei super lá. Não perca quem puder.

.. e de quebra o mar, o mar de São Sebastião.
Que a maresia corroa e enferruje toda a carcaça.

16 novembro 2006

e das reflexoes de um fim de feriado

que se a vida lhe der um limão ao invés de se fazer uma limonada vc pode fazer uma caipirinha.
Apenas cuidado com as misturas das balalaikas e sagatibas.(Até parecem nome de música.)

Como toda a mistura indevida, pode ser perigoso, mas nada que cama de amigos e um bom cuidado (dose de carinho e paciência) não resolvam.

Boa noite cinderelas e otavianos.

15 novembro 2006

e por falar em saudade

Saudades existem de muitas formas, por muitas razões, de várias maneiras.

Há aquela do tipo que alegra a alma, saudade saudosa de coisas que não mais voltarão. Uma época, um sentimento, algo ainda inédito. (esta última é a mais confusa)

Dos tempos em que ainda não se sabia demais, apenas o suficiente. Saudades das não responsabilidades. Das pessoas que se foram embora sem tempo de despedidas, mas também das pessoas que se despediram.
Daquele dia na praça, daquela tarde de pensamentos vagantes.

Daquela hora, momento de onde só ficou o gosto do arrependimento por não ter dito o que os lábios queriam dizer.

Há também o tipo de saudade originada a partir do antigo álbum de fotografias, ao ouvir aquela música que tocava naquela época, dia, hora.

(E para encerrar essa saudade... porque não to me aguentando mais e imagino que você também não.)

Existe também aquela saudade aguda, que insiste em te relembrar que logo será esquecida e que será uma saudade que não mais existirá. (Essa considero umas das piores, não é a toa que é aguda.)

Lembranças das coisas que nos são caras, de que ainda ansiamos em reencontrar (de alguma forma) ou não.

Ela não foi feita pra ser banida ou esquecida, faz parte das caixinhas que ficam na nossa estante e que de vez em quando tiramos lá do alto toda empoeirada, para olhar o que tem dentro.
Tá.. admito! Tô morrendo, sufocada, transbordando de saudade.
Não sei do quê, acho que de muitas coisas, tudo ao mesmo tempo.

cultivar ver dar despir aderir amar conjugar achar

Rendo o meu fim de noite ao canto cheio de encantos e de tempero de Ceumar.


de uma aula de corte e costura

e finalmente a sensação de que o ano estava acabando, pelo menos o finalizar das coisas.
o fechamento das aulas, o término do livro, a entrega do trabalho final, o terminar do vestido.
fica a sensação de que pelo sim ou pelo não, apesar de tudo, mesmo que apesar de tortas, as coisas de alguma forma se encaixam.
dá-se o acabamento e faz-se a barra do vestido
e a agonia do botar a vida em ordem perde um pouco o sentido e força

miscelânia de camelo

e depois de tanto tempo sem ouvir Marcelo Camelo e sua poesia..
(ah.. como é bom, e aí me pergunto porque fico tanto tempo me privando de coisa boa?)
trechinhos da trilha sonora deste quase feriado

.....................................
Eu que já não sou assim
muito de ganhar
junto às mãos ao meu redor
Faço o melhor que sou capaz
só pra viver em paz
.........................

Pois se é no "não" que se descobre de verdade
O que te sobra além das coisas casuais?
Me diz se assim está em paz
Achando que sofrer é amar demais
...................................................
Toda trilha é andada com a fé de quem crê no ditado
De que o dia insiste em nascer
Mas o dia insiste em nascer
Pra ver deitar o novo.

Toda rosa é rosa por que assim ela é chamada
Toda Bossa é nova e você não liga se é usada
Todo o carnaval tem seu fim

Deixa eu brincar de ser feliz, deixa eu pintar o meu nariz!

14 novembro 2006

e desta noite

A noite em que desisti da cana e que preferi a poesia e sobriedade do vento frio batendo na porta da alma.
Em um pré feriado que já esta todo agendado e tomado pela infinitude das coisas que já deveriam ter sido feitas, mas que ficavam apenas entulhando a mesa.

e sobre as etapas cumpridas

A espera de notícias, de preferência boas. Notícias que animassem.
Afinal havia tempos que nada, muito pouco, que aquecesse o coração chegava aos ouvidos.
O telefone tocou. Sim! A notícia era boa, positiva.
Alegria, festejos e outros sentimentos misturaram-se com o furor.
Um respirar aliviado e cheio de esperança (ansiava) antes do resto da caminhada, da vida.

13 novembro 2006

A lingueta da parafuseta da rabiola da borracha do plug da torneira.

Acabo de aprender como arrumar uma torneira que vaza, que pinga, que irrita.
Trocar resistência de chuveiro, instalar qualquer aparelho doméstico, matar baratas, espantar morcegos ou passarinhos que invadem espaços aos quais não foram convidados, trocar butijão, trocar fusíveis queimados sempre foram coisas inerentes à minha passagem por esta terra.

Falta ainda saber com propriedade como trocar pneu de carro. Aliás todos os afins dessa intrigante maquineta que nos leva pra lá e pra cá. Sim, eu sei que pra isso tem que colocar comidinha, vai nos pontos de alimentação paga e o moço dá comida, água e óleo para ele.

O interessante é que dou aula para 5 meninos engenheiros, e eles me dão aulas e aulas sobre eixos, manivelas, cabeçote, injeção eletrônica, motor Otto, pistões, combustão, parafusetas, cilindradas, ai ai.. e tudo isso aí e mais um pouco e tudo em inglês meus amigos, sim porque meus meninos são fodas master lindos blaster mega super tops de linha.

Certa vez eu me esforcei em aprender a arte da troca de pneu, aproveitando da fatalidade ocorrida. Meu querido amigo disse:
- Pra que você quer aprender, você é mulher, quando isso acontecer alguém certamente vai parar pra você.

Bem.. essa fala foi há uma década atrás. Acho que nos dias de hoje existe a necessidade urgente de se repensar isto.

Afinal saber as práticas dos bons costumes do mundo dos consertos nunca é demais.
Ainda mais nos dias de hoje.

Que venham então as torneiras, os macacos, as porcas, as rabiolas e todos os animais selvagens que nos cerca nesta cidade de pedra.

A dama e os vagabundos



Já passou, sim eu sei, você está com vontade.
Não to fazendo de maldade, também fiquei sabendo de última hora, mas consegui ir a tempo. HoHoHo.
A Boa Companhia é mais uma prova viva do bom celeiro do interior.
Muito muito bom.
Eu fui!

12 novembro 2006

bonitinho

filosofia na hora do café

take me on - skin

e pro domingo começar feliz, começo o meu meio dia escutando skin (sim sou repetitiva, e escuto mil vezes o mesmo cd)
Vamos lá.. me diga se ao escutar essa música algo não muda por dentro..
dá vontade de sair organizando o mundo, pelo menos o seu próprio mundo.
Sorrindo ou não, sair, mudar, limpar (sim escuto música fazendo altas reflexões e fazendo altas faxinas)

Se deliciem...

11 novembro 2006

#41# a eterna

Porque é a minha música favorita? porque simplesmente invade a alma. quando escuto tenho vontade de sair pelo mundo com o vento e o sol batendo no rosto vivendo, sorrindo, cantando, voando. Olhando o verde das árvores em contraste com o azul do céu.
A barriga fica cheia de friozinho, e nada mais importa.
É a música que mexe com o meu dna, meus hormônios, meus pêlos.

telefonema

Ouvir o choro de alguém que amo me cortou o coração e tive medo.
Um choro como nunca havia ouvido antes.
Há muito tempo que não choro e tive mais medo ainda.
Tive medo de sentir tal dor.
Mas será que as dores são diferentes?
Eu nunca choro.

Lost - Skin

o canto envenenado sangrando de skin para os desgraçados no amor, mas há sinais de esperança. Sempre há meus caros, sempre há.



What was I waiting for
Waiting for the bubble to burst
Over your stagnant pauses

Can’t cure what your devil don’t see
Or light a fire below the death of me
We’ve shot through all over our causes

Days spin through my heart
That sever the love
Kill all the pain with shame

I won’t be lost without you
I’ve found a way to get through
Now I’m up and running
Strong enough to walk away
And leave you all alone
I won’t be lost

What were you waiting for
Waiting for the straw to break
Over the back of desperate ways

You were a dream to me
Now you’re nothing but a heart that bleeds
I’ll wash you off and carry on

And when I see you
I find another reason
To keep myself from getting lost in you

Alone In My Room - Skin (claro)



Ma belly,
Full a juice
What ya givin’ to me
Sugar free,
Your problem
You my crack beauty
Queen
Watch out
Maniac
Betta run if ya scared
Freak out
No doubt
Get that shit out your hair

I would rather spend my time
Alone in my room
Than spend it with you


Plain devil
Be careful
I can spit out your charm
Silly baby
Stone cracy
Can’t you hear the alarm
Cool blue
For the fool
Take your football and leave
Suicide
Damn tired
This is nothing I need

paixões

Por esses caminhos que trilhei deixei de compartilhar algumas coisas que gosto muito. Minhas paixões.
Onde foram parar? Vou tira-lás de alguma dessas caixinas que estão empilhadas na estante.
A primeira que me vem a cabeça, neste momento, talvez por estar ouvindo insistentemente e repetidamente algumas melodias que me aquecem a alma.
Música. sim, uma das minhas incansáveis e insaciáveis paixões.
Quero falar de uma cantora, aliás que está cantando ao pé do meu ouvido neste momento. Alegrias da tecnologia que nos permite ter nossas cantoras favoritas juntinho ao ouvido, pertinho do cérebro, uma alegria que quase sai pelos olhos, e pela respiração enchendo toda a sala.

Skin
Tive a honra de ouvir suas melodias enquanto fazia minhas andanças pelo mundo.
Tento descrever essa doce e ácida voz que sai de um corpo lindo e olhos hipnotizantes. Não consigo. Também não é algo necessário.
Apenas fica a urgência em escutar o que ela tem a nos dizer.



poeiras

Remexer em fotos antigas é um passaporte com visto permanente para lembranças que estavam deveras empoeiradas.
por vezes alfineta o coração, por outras alegra, mas também pode causar vontade de choro. Saudade de pessoas e de um tempo que se foi.
Saudades e lembranças de você mesmo, do que você foi um dia e dos sentimentos que cada imagem pode revelar.

10 novembro 2006

e neste passar dos dias
me perco e me acho.. e me perco.

as baleias

No fim de semana estava vendo baleias no mar, sentado na beira da praia.
Queria que você estivesse comigo assistindo esta tão especial dança.

doce de abórora com cravo

Minha infância foi recheada de sabores. Dona Diva cozinheira de mão cheia sempre fora rainha da cozinha. Lembro-me da primeira vez que comi doce de abóbora.
Como toda boa e chata criança, fugia de tudo o que remetesse aos vegetais. Crianças são ingênuas, ainda não descobriram os prazeres do mundo verde, amarelo, vermelho ...
Hoje não dispenso nem jiló, aliás difícil pensar em algo que não apeteça meu paladar.
A imagem de minha mãe parada na cozinha com a colher de pau na mão me oferecendo o passaporte de entrada no mundo delicioso do doce de abóbora, ainda é muito fresca, envolta ainda até do aroma característico.
-Experimenta minha filha, experimenta. Como você não gosta se nunca experimentou?!

ode à espera

O senhor tempo mancomunado com os ponteiros do relógio zombam dela.
Até o vento cochicha contando às folhas das árvores que a espera nunca chega.
Os insetos desistiram de ficar ali.
A lua já cansou de iluminar o caminho, e a sombra esperada nunca desenha o chão.
Mesmo que chegasse, ela nunca conseguiria alcançar ou mesmo tocar a sombra.
Enquanto a menina espera, a noite preocupada, faz com que ela adormeça.
Assim a menina entorpecida pela noite esquece de esperar.
Embalada pelo sereno dorme profundamente entregando-se aos sonhos e delírios.
Anestesia-se a dor que pudesse ousar em fazê-la chorar.

e sobre certas dietas burras

As vezes a vida parece uma grande dieta, quase abstinente, cheia de privações.
Pessoas se privam de chocolate e de todas as coisas que muito apetecem seu paladar, por culpa ou quase como um auto flagelo. - Não pode, engorda!
Outras pessoas fazem dieta de carinho, afeto. Fica o eterno jogo (muito estranho aliás). Afeto em conta gotas, amor medido.
O amor desmedido, recheado de carinhos sem ter fim, dos beijos molhados de mel com açúcar mascavo são proibidos. Não se pode ou deve, tudo deve ser contida à miúde, economia, dieta quase espartana, tudo para dançar e caber no espartilho.
Eu só de raiva e fome comi agora no intervalo da aula, pão de queijo com café (claro que com açúcar e mascavo, com direito a uma pitada de canela) e de lambuja para fechar essa celebração ao sabor me deliciei com duas paçocas, porque dose dupla é mais gostoso. Eu que amo paçoca nunca me contento com uma, faço juz ao nome..livioca paçoca cara de pipoca.

09 novembro 2006

e da música dada na aula de inglês

Treading trodden trails for a long, long time
I say my hell is the closet I'm stuck inside
Can't see the light
...
I find sometimes it's easy
to be myself
Sometimes I find it's better to be somebody else

....................So much to say - Dave Matthews Band

08 novembro 2006

e o bate papo com a deusa

-e aí pessoa amada, como tá?
-eu tô aqui.. nessa minha vidinha suburbana, interiorana.
preciso dar um rumo, preciso trabalhar, preciso estudar, preparar aula.. pagar conta..mas a realidade é muito cansativa

...

assim seguiam os dias analisando o outrem.
meio voyeur, meio curioso, meio encantado com o que o outro pensava.
visitantes quase secretos um do outro.
assim os dias passavam.

livros versus balanço financeiro

Livros, ah os livros.
Não há crise financeira que resista e não se agrave em feira de livros.
Ainda mais em feira onde se tem no mínimo 50% de desconto.
Melhor nem passar perto, ignorar, deixar a vontade coçando.
Ontem não resisti, mergulhei, entrei, me deliciei.
Por sorte nem todas as bancas aceitavam o maldito dinheiro de plástico.
Sou compulsiva por livros, não consigo comprar apenas um, ainda mais quando se tem 50% de desconto.
Sim, entrei, olhei, olhei, busquei, encontrei.
Sim comprei.
Afinal não é todo dia que se tem 50% de descontos.
Todas as importantes editoras estavam presentes nesta grande orgia literária.
Com um cardápio completo passeando de dicionários, livros técnios, romances, filósoficos até livros de arte, fotografia e de moda.
Sabe aqueles livros caroooossss.. então, sim eles estavam presentes por lá com preços na metade.
Pensei em voltar lá hoje munida de dinheiro de papel.
Quem sabe passear por algumas bancas que resistiam à minha crise econômica.
Mas fui proibida, por mim mesmo.
Vou é pagar contas, para cair na realidade.

fim de noite .. quase em um novo dia.

cana, ausência.
roda de amigos, papeios, risadas.
tanta coisa.. tanta coisa..
noite repleta de acontecimentos.
Dia repleto.
mente ocupada, mente distraída.
tentativa quase bem sucedida.
Fim de noite, saudade e quase que recaída, caida, ida.
regada a chuvisco, herança ainda dos campos.
doces tentando adoçar o que não é tão doce.
Vou dormir que o meu mal é sono.
cama. sonífera ilha.

07 novembro 2006

o idosar da vida.

De lambuja a partir de pensamentos de meu amigo amado Sr Rogério
Provar que podemos ser melhores, lutar pela busca do que ainda não se sabe. Boa, Ruim, mediana, excelente, outstanding... super.
O vai e vém, o sobe e desce, os altos e baixos.
To cansada. Mas tamo aí, tentando ver onde vamos chegar. Se chegarmos.

a economia do viver

Começo do mês, fechamento, saldos e balanços.
Assumo, tenho um pouco de receio de encarar a minha vida econômica..
O meu único prazer é pagar as contas.. ficar livre dos débitos.
De resto, tenho medo de olhar o extrato.. olhar o saldo que nem sempre é positivo.
Admito!
Vou ter que fazer isso agora.. e por algum raio de luz que possa iluminar meu dia.. talvez não ficar deprimida.
Esta é uma pitada da minha realidade deste momento.
Argh.. detesto.
Se gostasse teria estudado economia e estaria sentada no monte de grana ganho às custas da aversão alheia às cifras.
Minha aversão a estas taxas, débitos, impostos, ostos, etos, bletos, cletos, zeltos.

06 novembro 2006

05 novembro 2006

no terminal

chuva torrencial, até que enfim. lavar esse calor.
munida de sombrinha, com a barra da saia e sandálias molhadas, encontro meu amigo pelo caminho.
Após compartilhar as novas e intrigantes descobertas da vida, solto uma fala um tanto quanto melódica mas muito pertinente.
- "é meu amigo só resta uma certeza (...)
ele completa...
- é preciso acabar com essa tristeza é preciso inventar de novo o amor."
A chuva cessa e o relógio acusa que é hora de seguirem.
Lata d'água na cabeça
Lá vai Maria
Lá vai Maria

Lata d'gua
(Luís Antonio e J. Júnior)

porque música boa se compartilha

BAMBINO
Ernesto Nazareth / Zé Miguel Wisnik

E se o ferro ferir
E se a dor perfumar
Um pé de manacá
Que eu sei existir
Em algum lugar

E se eu te machucar
Sem querer atingir
E também magoar
O seio mais lindo que há

E se a brisa soprar
E se ventar a favor
E se o fogo pegar
Quem vai se queimar
De gozo e de dor

E se for pra chorar
E se for ou não for
Vou contigo dançar
E sempre te amar amor

E se o mundo cair
E se o céu despencar
Se rolar vendaval
Temporal carnaval
E se as águas correrem
Pro bem e pro mal

Quando o sol ressurgir
Quando o dia raiar
É menino e menina
Bambino, bambina
Pra quem tem que dar
No final do final

E se a noite pedir
E se a chama apagar
E se tudo dormir
O escuro cobrir
Ninguém mais ficar

Se for pra chorar
E uma rosa se abrir
Pirilampo luzir
Brilhar e sumir no ar

Se tudo falir
O mar acabar
E se eu nunca pagar
O quanto pedi
Pra você me dar

E se a sorte sorrir
O infinito deixar
Vou seguindo seguir
E quero teus lábios beijar
e aos poucos vai se acostumando, digerindo, apagando, transformando.

não caia de cabeça

Porque não se pode cair de cabeça? Por ser o lago muito raso?
Pelo medo do afogamento?
Porque é proibido?
A morte fatal acontece por mergulhar no lago? o risco de bater a cabeça sempre presente.
Ou a morte acontece por ficar apenas olhando do topo?, sem nunca saber como é o olhar das cores durante a queda, a temperatura da água, a adrenalina que percorre o corpo...
Faz tempo que não pulo de lugares altos.
Mas de uma forma ou de outra, sem a adrenalina, a morte já parece próxima e certeira.

um dito que estava em uma exposição que vi por aí

O olho é a janela do corpo humano, por onde a alma especula e frui a beleza do mundo, aceitando a prisão do corpo que sem esse poder, seria um tormento (...) Quem acreditaria que um espaço tão reduzido seria capaz de absorver as imagens do universo?
Leonardo da Vinci

e em meados de Outubro

Na única pausa para respirar que tomo descubro que já estamos no final do ano. Incrível! Ainda hoje mesmo li um antigo escrito, que estava perdido em meu caderno, onde eu dizia "the semester jsut started and I am already late. Late for my own life".
Então vejo que ainda continuo atrasada e que mal ou bem, caminhei. Ainda não terminou, mas é quase como se tivesse. A agenda já está consumida, à perder de vista e mais um ano que evapora.
Na semana passada me deparei com panetones no supermercado. Sim, começo de Outubro.
Feliz Natal! HO HO HO
Acho melhor comprar minha fantasia de carnaval ou organizar o bloco.
Estou mesmo atrasada ou o mundo está demasiado acelerado.

PS. Veja, até o post está atrasado.

01 novembro 2006

Ode à Luz Marinha

"...rosa renascedora, renascida:
abre
cada dia as tuas pétalas,
tuas pálpebras,
que a velocidade da tua pureza
estenda os nossos olhos
e nos ensine a ver onda por onda
o mar
e flor a flor a terra."

......... Pablo Neruda

Boa Noite!

Noite quente e depois de algum tempo sem ver alguns amigos, fazemos valer os reencontros.
Já gostei mais de rodinhas de violão no passado, hoje em dia ainda gosto, mas estar com algumas pessoas (específicas e seletas) cantarolando em uma roda de violão tornou-se realmente a grande graça em momentos assim.
Nem precisa de um extenso repertório, nem precisa de cana ao lado, nem precisa de muito tempo. Mesmo que em um fim de noite em uma plena terça, e com a cumplicidade das vozes e melodias o que se faz já é suficiente pra elevar o espírito e sorrir feliz.

Compartilho aqui uma do nosso repertório de hoje a noite, que sim, é vasto e desafiante aos tocadores e cantores de plantão, e ainda conta com um seleto repertório internacional, com direito à performances que transitam desde Guns and roses até DMB, sim amigos.. somos quase um grupo a lá tabajara.
Mas aqui compartilho esse clássico do repertório da casa.. com vcs de Djavan.

Meu ar de dominador dizia que eu ia ser seu dono
E nessa eu dancei!
Hoje no universo nada que brilha cega mais que seu nome
Fiquei mudo ao lhe conhecer, o que vi foi demais, vazou
Por toda selva do meu ser, nada ficou intacto
Na fronteira de um oásis, meu coração em paz se abalou
É surpresa demais que trazes, ainda bem que eu sou Flamengo
Mesmo quando ele não vai bem, algo me diz em rubro-negro
Que sofrimento leva além, não existe amor sem medo
Boa noite!
Quem não tem pra quem se dar, o dia é assim igual à noite
Tempo parado no ar, há dias, calor, insônia, oh! noite
Quem ama vive a sonhar de dia, voar é do homem
Vida foi feita pra estar em dia, com a fome, com a fome, com a fome
Se vens lá das alturas com agruras ou paz, Oh, meu bem, serei seu guia na terra
Na guerra ou no sossego sua beleza é o cais
Eu sou o homem
Que pode lhe dar, além de calor, fidelidade
Minha vida por inteiro eu lhe dou
Minha vida por inteiro eu lhe dou


O Flamengo foi em homenagem à Catita, eu não sou uma pessoa futibolestica.
E peço ao meu companheiro de cantoria, a letra está certa?
Tu sabe que letras não são o meu forte.

Saravá!