Continuo com o que me é pertinente.
Até que chegue a hora de dizer basta, acabar com o auto-engano.
Desistir do sonho infundado.
Mantenho o pequeno elo, me apego a ele, como se não fosse aguentar a dor da sua perda.
Alimento, cultivo, cativo enquanto ainda tenho medo do ir embora, sentir a dor do parto, a dor da separação, o viver a vida como tem de ser vivida. Entrar em contato com uma realidade temida.
Como se a dor já existente, a dor da indiferença, incompletude, como se as migalhas que me concedo não fossem muito piores. Mas afinal é um sentimento já conhecido, não se tem que deparar com o novo, com o mergulho de cabeça em águas escuras.
Pequenos caprichos que me mantêm ainda escrava, por opção.
Uma opção cega.
Enquanto isso fico à espera da posse. A posse legitimada da pseudo liberdade. Liberdade ainda confusa e maquiada, não revelada.
E o medo de viver na completude, (o que é a completude, se existe isso?), o medo do mergulho continua estagnado no dia de hoje, por equanto.
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