Tinha logo a sua frente tanta luta a ser encarada de peito aberto, cara lavada, sua luta.
A eterna luta. Metade da luta. Lutas nunca são inteiras, sempre são aos pedaços, mas nem sempre homeopáticas.
Importantes passos, importantes obstáculos a serem ultrapassados.
Ela tinha a seu favor longas e fortes pernas, e corria ofegante em direção das barreiras e contra o tempo que ticava sem piedade sempre no compasso voraz dos tempos que eram modernos, corridos, atemporais.
Precisava descansar, por isso logo após a batalha partiria ainda com as mãos sujas de sangre* para terras distantes, desconhecidas em busca de outros tantos queridos.
Ela ainda esperava impacientemente, que fosse logo, reclinar a cabeça em colo amado. Seu peito estava moído de saudades do moço que mandava pensamentos e carinho dentro de garrafas jogadas no Oceano Atlântico. . Mas o moço.. o moço, a saudade descompassava o bater de seu coração.
* homenagem a minha bisa espanholita que assim se referia à palavra tão já escancarada.
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