10 novembro 2006

ode à espera

O senhor tempo mancomunado com os ponteiros do relógio zombam dela.
Até o vento cochicha contando às folhas das árvores que a espera nunca chega.
Os insetos desistiram de ficar ali.
A lua já cansou de iluminar o caminho, e a sombra esperada nunca desenha o chão.
Mesmo que chegasse, ela nunca conseguiria alcançar ou mesmo tocar a sombra.
Enquanto a menina espera, a noite preocupada, faz com que ela adormeça.
Assim a menina entorpecida pela noite esquece de esperar.
Embalada pelo sereno dorme profundamente entregando-se aos sonhos e delírios.
Anestesia-se a dor que pudesse ousar em fazê-la chorar.

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