30 novembro 2006

infortúnio

Seios túrgidos e doloridos, apesar de lindos, redondos, despontados.
Corpo que lateja, uma pessão interna, externa, o mundo se debruçando sobre meus ombros.
Quase um empanzinamento da vida. Humor como em um show de horrores. Circense.
Uma falta quase matadora de algumas e muitas coisas.
Privação latente e latejante.
Vontade de comer um não sei o quê.
Os hormônios influenciam, sim, o estado das pessoas.
Não é balela não. Acredite, por favor..
e me afaga os cabelos, enquanto libero um choro, um choro sem motivo motivado por toda a calamidade que permeia a existência e a inexistência.
Deixa eu deitar no colo e pensar que estou segura, distante do cotidiano que confunde, esfumaça e abrilhanta a beleza do dia.
Que venha a regra e acabe mais uma vez com essa desgraça que agora é pública.

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