..porque tem essa saudade que cresce aqui dentro.
Saudades muitas e grandes de rostos, de cheiros, vozes.
Pessoas tão minhas, guardadas em suas moradas aqui dentro do meu peito. que bate e pulsa, que pulsa e bate.
E daí esse sangue envenenado de saudade fica percorrendo e contaminando todas as outras moradas de mim, em mim.
Quanto mais eu corro ou tento fugir, mais rapidamente se espalha.
Tal qual o veneno de uma picada de cobra, ou de aranha, ou do bicho da saudade.
Justo eu, que tanta bagagem acumulei, tantos rostos, tantos lugares, tantas vozes, tantos corações que juntei.
Daí fico assim nesse pulso doído e saudoso, que me aperta a boca do peito, esmaga o fundo do estômago.
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