Às vezes, em momentos relevantes, da minha vida, eu tenho vontade de fingir que não me importo.
Atitudes pós-modernas, neste mundo desordenado.
Jogo os frascos vazios, abro os novos, de embalagens novas.
Reciclo.
Mantenho a mínima ordem necessária para manter o sentimento de segurança e controle.
Esta ordem, por muitas vezes, desordenada, não reflete o meu estado de espírito.
Afinal não sou virginiana, tenho apenas meu pé e umbigo por lá.
Mas com os pequenos ritos, ou não, sigo.
Parece até um grande chavão, e penso que tem sido, destes meus útimos dias.
A metade do mês, o fim do período.
Vontade de me dar ou até mesmo receber alta da moça que me vê através das lentes azuis.
Encontros desconfortáveis pelos corredores, mantenho a cabeça baixa. Nada aconteceu na meia hora que acabou de passar.
Meu olhar, fixo num ponto qualquer, distante, pesado.
Pensava em fingir que não me importo mais, assumir este papel.
Omitir o passado e continuar nesse meu jogo pessoal de tentar controlar o futuro.
Afinal de contas, uma vez, foi me dado o nome de zirila e isso deveria me servir pra alguma coisa.
Mas não tem jeito.
E às vezes tenho medo desse blog.
Vontade de imprimir tudo, dar cabo deste espaço e guardar o pacote de papéis impressos, com um pouquinho da minha história no fundo da gaveta, daquele armário que não é aberto quase nunca.
Depósitos de mim.
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