20 agosto 2006

em tempos de guerra

Às voltas com meu pensamento
tento medir minha capacidade de me relacionar.
Relacionar-me me dá medo.
Não relacionar tb.
O forte é tão seguro.
não sei sair dele,
nao sei o caminho.
parece que não tenho a força necessária..
parece que qualquer esforço é vão
tenho medo
vontade de desistir de tudo
vontade de voltar a ser criança
é como se este movimento fosse atrofiado..
é como que se fosse cair no abismo.
Busco em letras de canções alguma resposta
busco em clarice e em drummond
eles não me revelam o segredo.
Dão me pistas do caminho
E percebo que tenho que percorrer meu próprio caminho
Nem os iluminado possuem resposta
Com o pão literalmente entalado dentro da garganta
Não digere ficando a sensação entalada.
Esqueci-me dentro deste forte.
Fui esquecida.

Não aguento a mim mesma
nao consigo carregar meus pensamentos
escrevo como tentativa de me livrar deles
eu comigo mesma..e não caibo em mim.

Minhas bombas.. na tentativa de minar a mim mesma.. e de me explodir.

Minha tentativa de espantar as pessoas..
minar minha volta.. minar em volta do forte
proteger contra intrusos invasores
nesta guerra que eu travo contra mim mesma.

Não quero mais essa guerra..
quero paz.. e assim.. talvez..morrer apática dentro do meu próprio
forte.. com minha própria poeira me causando a minha própria alergia.

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