O verão continua lindo e loiro fora da minha janela, os papéis, meus papéis, fruto de tanta pesquisa e labuta continuam espalhados, ao meu redor, em diferentes níveis compreendidos no espaço da parte plana e mais alta da CPU até o canto mais remoto do escritório, aquele onde geralmente a poeira tende a se acumular.
No auge de tudo isso, da produção (da dissertação) a mão direita, esta que vos fala e que digita e faz metade do trabalho neste teclado, que responde e enfrenta o mundo por suas capacidades mais desenvolvida dá sinais de cansaço e lentidão na resposta aos meus comandos.
... mudei o mouse de lugar, novos desafios para a mão canhota do meu corpo, tadinha tão lerdinha...
Tudo isso sem perder a ternura, exceto às terças-feiras, envoltas e recheadas de caramujos, minhocas e caraminholas.
Surtos com direito a choros, velas e coração lotado de saudade, que outrora considerada palavra tão bonita no meu vocabulário, hoje meu cárcere.
2 comentários:
Zairila, zairila... como vai a mãozinha? E o dedinho? .. Minina que coisa bunita foi escrever esse negócio de cárcere. Saudade é um cárcere! Gostei. Mas bem que você podia dar uma escapadinha e ficar só com a parte boa de lembrar do queridinho. Ehm, é bonito mas podia trocar, podia sim.
Bitocas de descanso.
que lindo!
que saudade!
ando muda.
mas te amo como sempre.
Postar um comentário